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Princípios bíblicos sobre finanças

 
 
Falar sobre finanças parece ser algo muito pouco espiritual. Acontece, entretanto, que, na prática, não podemos ignorar o fato de que lidamos com esse assunto todos os dias.
Existem 1.565 versículos que falam em dinheiro. Curiosamente, dos 107 versículos do sermão do monte 28 se referem a dinheiro. Além disso, Jesus se referiu ao dinheiro (ou riqueza) em 13 parábolas. Isso mostra como a Bíblia trata desse assunto com expressividade.O Senhorio de Deus é sobre absolutamente todas as coisas, inclusive sobre as riquezas e os recursos. Ele tem todo o poder e autoridade sobre tudo e todos. O profeta Ageu escreveu que o Senhor dos Exércitos disse: “minha é a prata e meu é o ouro” (Ageu 2.8). Desde os tempos de Moisés havia a compreensão que “é Ele que te dá força para adquirires riquezas…” (Deuteronômio 8.18) Vamos apontar alguns princípios bíblicos sobre finanças e citar referências selecionadas para fundamentar esses princípios. Comentários adicionais se fazem desnecessários. Abra seu coração e deixe o Espírito de Deus revelar em sua vida a aplicação de cada princípio desses para não cair na insensatez.
Em relação a você mesmo
1.    Viva do seu trabalho - Efésios 4.28: “Aquele que furtava, não furtes mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir o necessitado”. - Salmo 128.2: “Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás e tudo te irá bem”.  - 1 Tessalonicenses 4.10-12:  “Contudo, vos exortamos, irmãos, a progredirdes cada vez mais e a diligenciardes por viver tranqüilamente, cuidar do que é vosso e trabalhar com as próprias mãos, como vos ordenamos, de modo que vos porteis com dignidade para com os de fora e de nada venhais a precisar”.
2.    Não viva à custa dos outros - 2 Tessalonicenses 3.7-8,10,12: “…pois vós mesmos estais cientes do modo por que vos convém imitar-nos, visto que nunca nos portamos desordenadamente entre vós, nem jamais comemos pão a custa de outrem; pelo contrário, em labor e fadiga, de noite e de dia, trabalhamos, a fim de não sermos pesados a nenhum de vós …Porque, quando ainda convosco, vos ordenamos isto: se alguém não quer trabalhar, também não coma…A elas, porém, determinamos e exortamos, no Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando tranqüilamente, comam o seu próprio pão…”
3.    Planeje seus gastos - planejar vem antes de gastar! - Lucas 14.28: “Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir?”
4.    Invista no que é necessário - Isaías 55.2: “Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares”.
5.    Contente-se com o que tem - 1 Timóteo 6.6-8: “De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com o que vestir, estejamos contentes”.
6.    Não tenha apego ao dinheiro - 1 Timóteo 6.9-10: “Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, e alguns nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores”.
7.    Não seja servo do dinheiro - Mateus 6.24: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de se aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e à riqueza”.Em relação à família
8.    Cuide de sua família - 1 Timóteo 5.8: “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente”.
9.    Guarde para seus filhos - 2 Coríntios 12.14: “Eis que pela terceira vez, estou pronto a ir ter convosco e não vos serei pesado, pois não vou atrás de vossos bens, mas procuro a vós outros. Não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais, para os filhos”.  Provérbios 13.22a: “O homem de bem deixa herança aos filhos de seus filhos”.Em relação a Deus
10.    Reconheça que tudo vem dele - 1 Crônicas 29.14: “Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos”.
11.    Honre-o com seus bens - Provérbios 3.9-10: “Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda, e se encherão fartamente os teus celeiros e transbordarão de vinho os teus lagares”.
12.    Mantenha uma posição de fé e confiança - Mateus 6.25ss:  “Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?… O Pai de vocês, que está no céu, sabe que vocês precisam de tudo isso”.Em relação aos outros
13.    Nunca fique devendo nada a ninguém - Romanos 13.7-8: “Pagai a todos o que lhes é devido: a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra. A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor”. Provérbios 22.7b: “O que toma emprestado é servo do que empresta”.
14.    Seja fiel com compromissos assumidos - 1 Coríntios 4.1-2: “Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel”.
15.    Pague os impostos e tributos devidamente - Romanos 13.6-7: “Por este motivo, também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo, constantemente, a este serviço. Pagai a todos o que lhe é devido; a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra”.
16.    Seja fiel com a propriedade do outro - Lucas 16.12: “Se não vos tornastes fiéis na aplicação do alheio, quem vos dará o que é vosso?”
17.    Muito cuidado ao ser fiador de alguém - Provérbios 11.15: “Quem ficar como fiador de qualquer um acabará chorando. Será melhor não se comprometer”.
18.    Seja generoso em dar e repartir - 1 Timóteo 6.18: “Mande que façam o bem, que sejam ricos em boas ações, que sejam generosos e estejam prontos para repartir com os outros aquilo que eles têm”.
 

95 Perguntas e Respostas sobre Escatologia



Por Pr. Geziel Nunes Gomes1. É possível saber o dia da Segunda Vinda de Cristo?
Absolutamente não. Jesus disse que ninguém sabe. Mt 24.36.
2. Mas Jesus disse que nem o Filho sabia. Como podemos entender isto?
Quando Jesus declarou NEM O FILHO SABE Ele o fez para mostrar Sua perfeita humanidade. Para ser homem perfeito, Jesus teve de abrir mão temporariamente de Seus atributos ONI. Logo depois da Sua Ressurreição Ele retomou esses atributos. Desde então, ele sabe com exatidão o tempo de Sua volta.
3. Existe algum versículo que que fale simultaneamente sobre as duas vindas de Cristo a este mundo?
Sim. Um exemplo clássico é Hebreus 9.27.
4. De onde vem a palavra MILÊNIO?
Esta palavra se origina de dois vocábulos latinos mille (mil) e annum (ano). Ela significa literalmente um período de mil anos.
5. No período milenial, qual será a situação da sociedade?
O quinto nome ou título de Jesus em Is 9.6 é: PRÍNCIPE DA PAZ. No período milenial o Mundo experimentará o governo de Jesus, cuja principal característica será a paz. Haverá longevidade e a terra conhecerá a santidade e sossegará completamente. Leia Is 35:5,6,8, Zc 14.20,21
6. Qual o principal trabalho de Jesus no Céu, atualmente?
O de Sumo Sacerdote, Hb 4.14; 10.12,13; 9.26;
7. Que expressões bíblicas podem ser interpretadas como sinônimas do MILÊNIO?
O Milênio será a plenitude do reino dos céus na terra, Mt 5.10; Será a regeneração em sentido final, Mt 19.28; será o tempo da restauração de todas as coisas, At 3.19. será o mundo do futuro, Hb 2.5.
8. Qual será o próximo grande acontecimento para o Povo de Deus na Terra?
Sem dúvida alguma será o ARREBATAMENTO.
9. Para a Igreja, que acontecimento se seguirá ao Arrebatamento?
O Tribunal de Cristo.
10. É realmente bíblica a doutrina do Tribunal de Cristo?
Todos os crentes em Jesus devem estar conscientes de que algum dia, após o Arrebatamento da Igreja, o Senhor Jesus Se reunirá com a Igreja a fim de promover o que as Escrituras chamam de TRIBUNAL DE CRISTO: um encontro para julgamento das nossas obras, praticadas aqui na Terra, e a conseqüente entrega dos galardões.
11. Qual a palavra grega usada por Paulo quando se referiu ao Tribunal de Cristo?
BEMA.
12. Alguém será condenado no Tribunal de Cristo?
Não, absolutamente. Será um Tribunal para recompensa.
13. O Tribunal de Cristo será para recebermos a recompensa de nossa salvação?
Nosso direito de entrar no Céu foi obtido mediante o derramamento do sangue de Jesus na cruz do Calvário. Nosso galardão será alcançado mediante o resultado de nosso trabalho. A salvação é pela fé, Ef 2.8. O galardão, pelas obras, Ap 22.10.
14. O Tribunal de Cristo será a mesma coisa que o Grande Trono Branco?
Não devemos confundir o Tribunal de Cristo com o Grande Trono Branco. Este será para os ionconversos. Aquele, para os salvos. Este será depois do Milênio, aquele será após o Arrebatamento da Igreja.Em ambos o Juiz será Jesus, porque ele foi constituído pelo Pai Juiz dos vivos e dos mortos.
15. Quantos livros do AT contém essencialmente mensagens proféticas?
17.
16. Qual o significado da profecia de Balaão – um cetro subirá de Israel - ?
Primeiramente se cumpriu em Davi e de forma final, em Jesus.
17. Quais os principais textos que falam do ARREBATAMENTO da Igreja?
I Co 15.51 e I Ts 4.16-18. Mas nos Evangelhos e em Isaias também existem referências expressivas.
18. A trombeta de I Co 15.52 é a mesma sétima trombeta do Apocalipse?
Certamente, não. Paulo fala da trombeta do arrebatamento, relacionada com a glória da Igreja. João se refere a uma trombeta de juízo, destinado aos ímpios.
19. Qual o homem nas Escrituras que emprestou o seu nome para Jesus?
Davi. Embora Jesus seja chamado por Paulo de último Adão, na verdade Ele é chamado de "meu servo Davi": Ez 37.24; Is 55.3,4; Jr 30.9; Os 3.5.
20. A Bíblia relaciona a volta de Jesus com um "piscar de olhos". Quanto tempo dura um piscar de olhos?
Segundo os engenheiros da GE, demora onze centésimos de segundo.
21. Algum tempo os judeus pregarão o Evangelho?
Alguns eruditos crêem que durante o período da Grande Tribulação 144.000 judeus andarão por várias partes do mundo pregando o Evangelho do reino, Ap 7.4-8; Mateus 24:14.
22. Qual será a condição dos crentes durante o período milenial?
Nós seremos naquela época iguais aos anjos, hoje. E faremos o trabalho que eles atualmente fazem, de assessoria espiritual a Jesus.
23. Onde está escrito que Jesus um dia reinará na casa de Jacó?
Em Lc 1.32,33: "O Senhor Deus lhe dará o trono de Davi seu pai. E reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim".
24. Temos o direito de esperar algum grande Avivamento antes do Arrebatamento da Igreja?
Certamente, sim. Primeiro, porque o profeta Joel e o apóstolo Pedro se referiram ao derramamento do Espírito Santo nos últimos dias. Também porque a Igreja na época do Arrebatamento deverá ser muito mais poderosa que em qualquer época da História. E, finalmente, a Bíblia declara que enquanto houver a Laodicéia, também haverá a de Filadélfia.
25. Que acontecerá com as mães grávidas no dia do Arrebatamento?
Muitos temem que será uma tortura para elas, por causa da profecia de Mt 24. Aquela profecia ("ai das grávidas") já teve seu cumprimento. Jesus referia-se às mulheres que foram mortalmente feridas pelos soldados romanos, que sob a ordem do general Tito as esquartejavam, quando da destruição de Jerusalém no ano 70 d.C., certamente as mulheres crentes grávidas que forem achadas fiéias subirão com seus respectivos fetos. Deus nunca defendeu o aborto. Quem sabe naquele dia acontecerá a aplicação final das palavras de Jesus: "Deixai vir a Mim as criancinhas...". Lc 18.6. Além disto, leia cuidadosamente Rm 5.19
26. Existem mais versículos que falam de Jesus como futuro rei?
Sim, leia Sl 72.7,8; Sl 2.8; Zc 14.9; Ap 11.15; Is 32.1.
27. Quais as crianças que estão cobertas pela provisão redentora do sangue de Jesus?
Aquelas que estão no estágio da inocência. Deus nunca mistura inocentes com culpados. Não existe uma data padrão para definir o dia que termina o período da inocência. À luz de Is 7.15 é o momento em que a criança começa a distinguir o bem do mal.
28. Existe algum sentido escatológico na vida de Enoque?
Sim. Ele é um tipo da Igreja, que será arrebatada. Assim como Enoque foi trasladado antes do Dilúvio, a Igreja subirá pelo Arrebatamento, antes da Grande Tribulação.
29. Que relação existe entre a vida de Noé e a Escatologia?
Noé, que foi salvo do Dilúvio através da Arca, lembra a Igreja que tem sida salva do Mundo por Jesus Cristo. Jesus identificou os dias que precedem Sua Segunda Vinda como os dias de Noé. Leia Gn 7.23; 8.1,4,16,19; I Pe 3.20,21; Mt 24.37,39.
30. Existe algum texto em Gênesis que aponte para o reino Messiânico de Jesus?
Leia Gn 49.10.
31. Onde se encontram alusões ao reino Messiânico, em Levítico?
26.5,10.
32. Podemos encontrar algum texto em Deuteronômio que diga respeito à Grande Tribulação?
Leia Dt 32.22,41,43.
33. Jó cria na ressurreição?
Sim, de acordo com Jó 19.25.
34. Existe alguma alusão nos salmos à Primeira ressurreição?
Leia Sl 17.15.
35. Que acontecerá depois do Tribunal de Cristo?
As Bodas do Cordeiro.
36. Quem participará das Bodas do Cordeiro?
A Igreja, na condição de NOIVA DE CRISTO.
37. Existe alguma alusão nos Salmos à Grande Tribulação?
Leia Sl 75.8,10; 83.13,17.
38. Existe algum versículo em Cantares de Salomão que pode ser aplicado às Bodas do Cordeiro?
Leia Ct 2.10; 1.4; 6.10,12.
39. Que texto bíblico fala explicitamente da Igreja como NOIVA de Cristo?
II aos Corintios 11.2.
40. Em quais livros proféticos encontramos alusões à primeira ressurreição?
Is 26.19; 25.8; Ez 37.12,14; Dn 12.2a; 12.13; Os 6.1; 13.14;
41. Quais os únicos livros do NT que não apresentam mensagens escatológicas?
Gálatas, Filemon, II e III João.
42. Onde Jesus é mencionado expressamente como NOIVO da Igreja?
Efésios 5.22-33.
43. Que acontecerá depois das Bodas do Cordeiro?
Jesus Cristo descerá em glória COM os santos.
44. Que significa a expressão DIA DO SENHOR?
O período compreendido a partir do arrebatamento da Igreja.
45. Alguns dizem que a vinda de Cristo é a conversão de uma pessoa a Cristo. Isto é verdade?
Absolutamente, não. A conversão é a IDA A CRISTO. A volta de Cristo é a VINDA de Cristo.
46. Alguns afirmam que a vinda de Cristo é a morte física do crente. Que versículos poderíamos susarpara combater tal teoria?
Hb 9.27,28; I Co 15.51; I Ts 4.16,17; Jo11.23; Fp 3.20, etc.
47. É verdade que a vinda de Jesus se dará em duas fases?
Sim. A primeira fase será a ocasião do arrebatamento da Igreja; a segunda será a revelação pessoal de Cristo. Na primeira fase Ele recebe a Igreja; na segunda, ele desce com a Igreja.
48. Em que parte do mundo Jesus descerá por ocasião de Sua revelação Pessoal?
No Monte das Oliveiras, em Jerusalém, Zc 14.4
49. Que significa Anticristo?
A Bíblia chama de Anticristo uma pessoa que receberá o poder de Satanás para ser um governante mundial durante a segunda metade dos 7 anos da grande tribulação.
50. Qual será o fim do Anticristo?
Jesus o destruirá, em Sua revelação, II Ts 2.8
51. Existe algum método ou estratégia estabelecido por Satanás referente à aparição do Anticristo?
Sim. Será em 3 fases: a) o espírito do anticristo; b) os precursores do anticristo; c) a manifestação pessoal do anticristo. Você pode se dar conta de que o diabo copiou isto do plano de Deus para com Seu filho Jesus.
52. Que significa a GRANDE TRIBULAÇÃO?
Um período de catástrofes e inigualável sofrimento que ocorrerá após o arrebatamento da Igreja. Será o "dia da vingança do Senhor", o dia do sofrimento maior de Israel.
53. Qual o profeta do AT que se referiu primariamente à Grande Tribulação?
Daniel. Veja Dn 9.26,27. Confira com Ap 7.14.
54. Algum dia Satanás será destruído?
Não. A destruição de Satanás seria uma grande vitória para ele, que assim pararia de sofrer. Ele será preso durante o milênio (Ap 20.2) e depois será solto por um período para finalmente ser lançado no lago de fogo e enxofre, para todo o sempre.
55. Quem será o futuro JUIZ do Mundo?
Jesus Cristo. Sl 96.12; Is 2.4; Mt 16.27; 25.31,46; Jo 5.22,23,27,30; At 10.42.
56. Paulo se referiu alguma vez a Jesus como sendo o Juiz Universal?
Sim. Leia Rm 2.16; I Co 4.5; II co 5.10; II Tm 4.1,8 etc.
57. Que tipo de esperança é a que temos com respeito à volta de Cristo?
Uma esperança bem-aventurada (Tt 2.13) e viva (I Pe 1.3)
58. Em quantas etapas se consuma a nossa salvação?
Em 3: Justificação, Santificação e Redenção.
59. Qual das três etapas acima se enquadra na Escatologia?
A Redenção.
60. Qual o mais completo texto sobre o Tribunal de Cristo?
I Co 3.11-15.
61. Qual o significado espiritual do ouro, como elemento de julgamento, no Tribunal de Cristo?
O ouro representa tudo que se relaciona com o Pai: a Pessoa, a Glória, o Poder, a Palavra e a realeza de Deus. Leia I Pe 4.10,11; Sl 19.10; Pv 8.10,19; Ml 3; Jó 22.23,25.
62. Que simboliza a prata?
A prata simboliza tudo aquilo que se relaciona com o Filho, especialmente o seu sacrifício. No AT prata é ometal da redenção. Leia I Co1.23; 3.11; Ex 30.11,16; Lv 23.34.
63. Que simbolizam as pedras preciosas?
As pedras preciosas simbolizam o que se relaciona com o Espírito Santo: operações, dons e fruto. Leia Cl 1.29; Rm 15.18; Ez 16.13; Gn 24.53; I Co 12.4,6.
64. Que simboliza a madeira?
Madeira é, ao longo das Escrituras, um símbolo da fragilidade da natureza humana. Gl 6.3; Lc 6.32,34.
65. Que simboliza o feno (capim)?
Isto fala das coisas secas, coisas que não se renovam, Jr 23.28; Is 15.16.
66. Que simboliza a palha?
Palha representa tudo aquilo que não possui estabilidade. Fala também da escravidão espiritual, Is 5.24; Na 1.10; Ex 5.7; Ef 4.14. é um material que lembra a fragilidade, a vaidade e a incapacidade humanas.
67. Que fogo é aquele mencionado no texto de I Co 3, relacionado com o Tribunal de Cristo?
O fogo tem muitos significados e aplicações na Escritura. Aquele fogo de I Co 3 significa a glória pessoal do rosto de Cristo, como visto por João em Ap 1. Ao contemplar as nossas obras, em Sua presença, o fogo consumirá ou projetará o mérito da referida obra.
68. Devemos ter medo de comparecer no Tribunal de Cristo?
Não. Se servirmos a Deus com sinceridade e fidelidade, teremos confiança de estarmos diante dEle, I Jo 2.28.
69. A Primeira Ressurreição será um fato único?
Não. Será um fato dividido em 3 fases: A ressurreição de Cristo, as primícias, com as pessoas mencionadas em Mt 27.52,53; a Igreja; os poucos salvos que triunfarem na GT.
70. Quais os principais propósitos da volta de Cristo?
1) Ressuscitar os que morreram em Cristo, I Ts 4.15; 2) Transformar e arrebatar os salvos que estiverem vivos, I Ts 4.16,17; 3) Galardoar os servos fiéis, Ap 22.12; 4) Tomar vingança contra os Seus inimigos, II Ts 1.7,10; Ap 19.21,22. 5) Julgar as nações vivas, Mt 25.31,46; Sl 67.4; 98.9.6) Libertar a terra da maldição, At 3.20,21; Rm 8.21. 7) restabelecer o trono de Davi, Is 9.6,7; Jr 30.7,11.
71. Onde está escrito que Jesus voltará PESSOALMENTE a esta Terra?
At 1.11; I Ts 4.16; Zc 14.3 etc.
72. Onde se lê que Jesus voltará REPENTINAMENTE ao Mundo?
Mc 13.36; I Co 15.52 etc.
73. Quando Jesus voltar, todos O estarão esperando?
Leia Mt 25.13; 24.44; Ap 16.15; I Ts 5.2.
74. Na fase de Sua revelação realmente Jesus descerá VISIVELMENTE?
Ap 1.7 e Mt 24.30
75. Nós nos reconheceremos, na Eternidade?
Sim, em todas os assuntos espirituais. Não teremos lembrança das coisas materiais, que não eram intrinsecamente parte do REINO DE DEUS. Leia cuidadosamente a história da transfiguração de Jesus.
76. Por que devemos crer na volta de Cristo?
Porque é uma doutrina fundamental nas Escrituras; porque Deus não mente; porque está mui próxima.
77. É lícito orar pela volta de Cristo?
Leia Mt 6.10; Ap 22.20; I Pe 4.7.
78. Quais os principais grupos de sinais da volta de Cristo?
Sociais, naturais, políticos, religiosos, morais, científicos e eclesiológicos.
79. Como se pode chamar a série de acontecimentos em Israel, que precedem a volta de Cristo?
Jesus os chamou de sinal da figueira.
80. Israel algum dia será destruído?
JAMAIS. Deus tem um compromisso feito com Abraão e renovado a Moisés e a Davi. Israel viverá para sempre.
81. A Bíblia nos exorta estarmos despertados para a volta de Cristo. Que significa a palavra despertar?
A palavra despertar vem do hebraico yakats (despertar de um estado de embriaguez ou torpor) e do grego egeiro (despertar do sono).
82. Quais as 3 palavras que melhor descrevem o arrebatamento dos salvos no dia da volta de Cristo?
Arrebatamento, rapto e trasladação.
83. Quem será arrebatado no Dia da volta de Cristo?
Os salvos, santos, fiéis, pacientes e vigilantes. I Ts 3.12,13; Hb 12.14; I Jo 3.2,3; Hb 10.25; Tg 5.8; Lc 21.36, etc.
84. Que significa a expressão GRANDE TRONO BRANCO?
Refere-se ao último julgamento da História, quando todos os mortos, grandes e pequenos, de todos os séculos da História se postarão diante do Senhor para serem julgados.
85. Os salvos em Cristo serão julgados no Grande Trono Branco?
Não, porquanto por sua salvação foram libertos de condenação (Rm 8.1) e já foram submetidos ao Tribunal de Cristo.
86. Quais as 5 principais surpresas do Arrebatamento?
Rapidez, Ocasião, Seleção, Separação e Iminência.
87. Por que Ló é um tipo do Arrebatamento?
Porque foi tirado de Sodoma antes de sua destruição, Gn 19.22,24.
88. Qual a posição de Jerusalém durante o Milênio?
Será a capital do Mundo.
89. O Céu é um Lugar ou um estado de vida?
A Bíblia menciona exaustivamente que o Céu é um lugar. Um lugar santo, espiritual, perfeito, divino e eterno. Você deve estar pronto para viver lá com Cristo.
90. Quais as coroas mencionadas nas Escrituras, destinadas aos crentes vencedores?
Da vida, da justiça, de glória e a incorruptível, Tg 1.12; II Tm 4.8; I Pe 5.2,4; I Co 9.25,27.
91. Quem dominará a Terra durante a Grande Tribulação?
A Trindade Satânica, composta de Dragão, Besta e Falso Profeta.
92. Que outro nome tem a besta, nas Escrituras?
Anticristo.
93. Qual a principal característica do Céu?
PERFEIÇÃO e SANTIDADE.
94. Que Igreja morará no Céu?
A Noiva do Cordeiro, a Igreja e fiel e vencedora, fundada por Jesus e que a Ele se conservou fiel durante todo o tempo.
95. A última pergunta somente você poderá responder: Está você preparado para a volta de Cristo, e pronto para morar no Céu com Ele?

Fonte: Página Estudos Bíblicos.

A FORMAÇÃO DO CÂNON BÍBLICO

ORIGEM E SIGNIFICADO DA PALAVRA CÂNON

A palavra cânon não é mencionada na Bíblia, embora a raiz da qual se deriva aparece em 1Rs 14.15 e Jó 40.21. Originalmente significava "junco" ou "talo" de papiro, capim-limão ou cálamo. Pelo fato dos juncos serem usados como réguas ou instrumentos para fazer linhas retas, "canon" passou a siginificar "medida" ou "haste de medição". O termo cânon foi empregado pela primeira vez como expressão teológica referente às Escrituras por Atanásio, bispo de Alexandria, na carta pascal às igrejas em que descreveu o conteúdo do Novo Testamento (307 d.C.).
A questão de quais livros pertencem à Bíblia é chamada questão canônica e, refere-se à coleção de livros que passaram pelo teste de autenticidade e autoridade; significa ainda que esses livros são nossa regra de vida. Como foi formada esta coleção?
Nosso conhecimento do processo de formação resultante no cânon fixo ainda é obscuro. Infelizmente não dispomos de documentos antigos dos escribas detalhando os diversos passos do procedimento que culminou na Bíblia hebraica. Dois comentários são relevantes. O processo foi longo e complicado e, provavelmente deu-se em fases ao longo de vários séculos da história dos hebreus. O esboço ganérico da formação da cânon a seguir organiza os dados disponíveis sobre o assunto:
FASE 1: Pronuciamentos detentores de autoridade.
Inicialmente a revelação de Deus aos hebreus era transmitida de forma oral na maioria dos casos. Mensagens como "Assim diz o Soberano Senhor" e "Ouçam a Palavra do Senhor" no Antigo Testamento, foram ditas por Isaias (1.10), Ezequiel (5.5), oralmente como receberam de Deus. Esses pronunciamentos foram passados às gerações seguintes com "Palavra do Senhor" na forma tradicional oral recebida.
FASE 2: Documentos formais escritos.
Em determinado ponto, palavras adágios e discursos divinamente inspirados foram registrados e preservados pela comunidade hebraica na forma escrita. Em certas ocasiões o pronunciamento e a escrita ou registro eram quase simultâneos, como o LIvro da Lei, em Êxodo 24.3-4; Josué 1.8, e o oráculo de Jeremias para o rei Jeoaquim em Jr 36. Em outros casos o documento da revelação divina acontecia certo tempo após o acontecimento ou a circunstância que inspirou a Palavra do Senhor.
FASE 3: Coleção de documentos escritos:
O processo de coleção provavelmente foi extenso e abrangente, sabe-se que os Salmos foram reunidos durante o período de mais de 500 anos. Reunir os escritos de experiências hebraicas com Javé em antologias e livros era em parte, questão de conveniência para a comunidade, permitindo acesso fácil e a conservação garantida dos documentos. Acima de tudo, representava o valor, a importância e a autoridade das obras reunidas para a vida religiosa da comunidade. Esses livros exigiam atenção especial do povo hebreu (Dt 31.24-27).
FASE 4: Seleção de documentos escritos e fixação do cânon:
Os detalhes do procedimento de seleção de documentos são obscuros, mas podemos discernir os critérios básicos aplicados com o propósito de escolher e delinear o cânon. Basta dizer que o consenso entre líderes religiosos hebreus orientados pelo Espírito Santo de Deus durante o decorrer da história israelita resultou no cânon hebraico das Escrituras Sagradas.
OS TESTES DE CANONICIDADE
Em primeiro lugar é importante lembrarmos que certos livros já eram canônicos antes de qualquer teste lhes ser aplicado. Isto é como dizer que alguns alunos são inteligentes antes mesmo de se lhes ministrar uma prova. Os testes apenas provam aquilo que intrinsecamente já existe. Do mesmo modo, nem a Igreja nem os concílios eclesiásticos jamais concederam canonicidade ou autoridade a qualquer livro; o livro era autêntico ou não no momento em que foi escrito. A Igreja ou seus concílios reconheceram certos livros como Palavra de Deus e, com o passar do tempo, aqueles assim reconhecidos foram colecionados para formar o que hoje chamamos de Bíblia.
QUE TESTES A IGREJA APLICOU?
1) Havia o teste da autoridade do escritor. Em relação ao Antigo Testamento, isto significava a autoridade do legislador, ou do profeta, ou do líder em Israel. No caso do Novo Testamento, o livro deveria ter sido escrito ou influenciado por um apóstolo para ser reconhecido. Em outras palavras, deveria ter a assinatura ou aprovação de um apóstolo. Pedro, por exemplo, apoiou a Marcos, e Paulo a Lucas.
2) Os próprios livros deveriam dar alguma prova intrínseca de seu caráter peculiar, inspirado e autorizado por Deus. Seu conteúdo deveria de demonstrar ao leitor como algo diferente de qualquer outro livro por comunicar a revelação de Deus.
3) O veredito das igrejas quanto à natureza canônica dos livros era importante. Na verdade, houve uma surpreendente unanimidade entre as primeiras igrejas quanto aos livros que mereciam lugar entre os inspirados. Embora seja fato que alguns livros bíblicos tenham sido recusados ou questionados por alguma minoria, nenhum livro cuja autenticidade foi questionada por um número grande de igrejas veio a ser aceito posteriormente como parte do cânon.
A FORMAÇÃO DO CÂNON
O cânon da Escritura estava-se formando, é claro, à medida que cada livro era escrito, e completou-se quando o último livro foi terminado. Quando falamos da “formação” do cânon estamos realmente falando do reconhecimento dos livros canônicos pela Igreja. Esse processo levou algum tempo. Alguns afirmam que todos os livros do Antigo Testamento já haviam sido colecionados e reconhecidos por Esdras, no quinto século a.C. Referências nos escritos de Flávio Josefo (95 d.C.) indica a extensão do cânon do Antigo Testamento como os 39 livros que hoje aceitamos. A discussão do chamado Sínodo de Jamnia (70-100 DC) parece ter partido deste cânon. Nosso Senhor delimitou a extensão dos livros canônicos do Antigo Testamento quando acusou os escribas de serem culpados da morte de todos os profetas que Deus enviara a Israel, de Abel a Zacarias (Lc 11.51). O relato da morte de Abel está, é claro, em Gênesis; o de Zacarias se acha em 2 Crônicas 24.20,21, que é o último livro na disposição da Bíblia hebraica (em lugar de nosso Malaquias). Para nós, é como se Jesus tivesse dito: “Sua culpa está registrada em toda a Bíblia - de Gênesis a Malaquias”. Ele não incluiu qualquer dos livros apócrifos que já existiam em seu tempo e que continham relatos das mortes de outros mártires israelitas.
O primeiro concílio eclesiástico a reconhecer todos os 27 livros do Novo Testamento foi o concílio de Cartago, em 397 d.C. Alguns livros do NovoTestamento, individualmente, já haviam sido reconhecidos como canônicos muito antes disso (2Pe 3.16; 1Tm 5.18) e a maioria deles foi aceita como canônica no século posterior ao dos apóstolos (Hebreus, Tiago, 2 Pedro, 2 e 3 João e Judas foram debatidos por algum tempo). A seleção do cânon foi um processo que continuou até que cada livro provasse o seu valor, passando pelos testes de canonicidade.
OS LIVROS APÓCRIFOS
Os doze livros apócrifos do Antigo Testamento jamais foram aceitos pelos judeus ou por nosso Senhor, no mesmo nível de autoridade dos livros canônicos. Eles eram respeitados, mas não foram considerados como Escritura. A Septuaginta (versão grega do Antigo Testamento produzida entre o terceiro e o segundo século a.C.) incluiu os apócrifos com o Antigo Testamento canônico. Jerônimo (c. 340 - 420 d.C.), ao traduzir a Vulgata, distinguiu entre os livros canônicos e os eclesiásticos (que eram os apócrifos), e essa distinção acabou por conceder-lhe uma condição de canonicidade secundária. O Concílio de Trento (1548) reconheceu-os como canônicos, embora os reformadores tenham rejeitado tal decreto. Em algumas versões protestantes dos séculos XVI e XVII, os apócrifos foram colocados à parte.
O TESTO QUE DISPOMOS É CONFIÁVEL?
Os manuscritos originais do Antigo Testamento e suas primeiras cópias foram escritos em pergaminhos ou papiro, desde o tempo de Moisés (c. 1450 a.C.) até o tempo de Malaquias (400 a.C.). Até a sensacional descoberta dos Rolos do Mar Morto em 1947, não possuíamos cópias do Antigo Testamento anteriores a 895 d.C. A razão de isto acontecer era a veneração quase supersticiosa que os judeus tinham pelo texto e que os levava a enterrar as cópias, à medida que ficavam gastas demais para uso regular. Na verdade, os massoretas (tradicionalistas), que acrescentaram os acentos e transcreveram a vocalização entre 600 e 950 d.C., padronizando em geral o texto do Antigo Testamento, engendraram maneiras sutis de preservar a exatidão das cópias que faziam. Verificavam cada cópia cuidadosamente, contanto a letra média de cada página, livro e divisão. Alguém já disse que qualquer coisa numerável era numerada. Quando os Rolos do Mar Morto ou Manuscritos do Mar Morto foram descobertos, trouxeram a luz um texto hebraico datado do segundo século a.C. de todos os livros do Antigo Testamento à exceção de Ester. Essa descoberta foi extremamente importante, pois forneceu um instrumento muito mais antigo para verificarmos a exatidão do Texto Massorético, que se provou extremamente exata.
Outros instrumentos antigos de verificação do texto hebraico incluem a Septuaginta (tradução grega preparada em meados do terceiro século a.C.), os targuns aramaicos (paráfrases e citações do AntigoTestamento), citações em autores cristãos da antiguidade, a tradução latina de Jerônimo (a Vulgata, c. 400 d.C.), feita diretamente do texto hebraico corrente em sua época. Todas essas fontes nos oferecem dados que asseguram um texto extremamente exato do Antigo Testamento.
Mais de 5.000 manuscritos do Novo Testamento existem ainda hoje, o que o torna o mais bem documentado dos escritos antigos. 
Além de existirem muitas cópias do Novo Testamento, muitas delas pertencem a uma data bem próxima à dos originais. Há aproximadamente setenta e cinco fragmentos de papiro datados de 135 DC até o oitavo século, possuindo partes de 25 dos 27 livros, num total de 40% do texto. As muitas centenas de cópias feitas em pergaminho incluem o grande Códice Sinaítico (quarto século), o Códice Vaticano (também quarto século) e o Códice Alexandrino (quinto século). Além disso, há cerca de 2.000 lecionários (livretos de uso litúrgico que contêm porções das Escrituras), mais de 86.000 citações do Novo Testamento nos escritos dos Pais da Igreja, antigas traduções latinas, siríaca e egípcia, datadas do terceiro século, e a versão latina de Jerônimo. Todos esses dados, mais o trabalho feito pelos estudiosos da paleografia, arqueologia e crítica textual, nos asseguram possuirmos um texto exato e fidedigno no Novo Testamento.
Fonte: http://www.santovivo.net/gpage92.html

ESTUDO DO LIVRO DO PROFETA DANIEL

*J. DIAS

 
AUTOR
O livro apresenta Daniel como autor em vários trechos, como 9.2 e 10.2. O fato de Jesus confirmar essa autoria fica claro quando se refere ao “sacrilégio terrível”, do qual falou o profeta Daniel (Mt 24.15), citando 9.27, 11.31 e 12.11. O livro foi provavelmente finalizado em 530 a.C., pouco anos depois de Ciro conquistar a Babilônia, em 539.

QUEM ERA DANIEL
Sábio, interprete de sonhos e visões, que viveu entre os exilados judeus na Babilônia.

Daniel era jovem quando foi levado para a Babilônia, talvez logo no início do domínio de Nabucodonosor sobre Jerusalém, em 605 a.C. Sabe-se pouco sobre Daniel, mas pelos conhecimentos que demonstrava devia fazer parte das camadas dominantes e dirigentes de Jerusalém. Ele era reconhecidamente um homem de ciência. Nada se sabe a respeito da sua família. A sua piedade diante de Deus e sua integridade nos negócios de Estado (Dn 2,14-23) nos levam a pensar nas instruções do ambiente familiar.

Ele ascendeu rapidamente, tornando-se um dos oficiais mais respeitados do governo. Sua reputação se manteve mesmo com o colapso do Império Babilônico; Já em idade avançada foi um dos homens poderosos do Império Medo-Persa sendo subordinado apenas ao rei.

UM LIVRO POLÊMICO
Daniel é um dos livros mais polêmicos e complexos do Antigo Testamento. Na Bíblia Hebraica aparece entre os “Escritos” e, no cânon cristão das Escrituras, entre os “Proféticos”. O livro de Daniel é o único livro apocalíptico do Antigo Testamento. Por essa razão, de forma rigorosa, o Livro de Daniel para os hebreus, não cabe no cânon dos profetas. O livro enfatiza o controle divino sobre as potencias mundiais, e destina-se a animar os judeus na fé e esperança em Deus diante das perseguições de Antíoco Epífanes (Dn 8.23-25).

O livro pode ser considerado companheiro do livro de Apocalipse; ambos contêm uma linguagem figurada de difícil interpretação. A tentativa de adaptar as profecias de Daniel e Apocalipse aos fatos da história humana tem produzido ilimitados conflitos de opiniões. A verdadeira interpretação dos detalhes das visões nem sempre é clara.

Dois fatos são geralmente reconhecidos pela maioria dos eruditos:
1-    As profecias representam uma revelação parcialmente velada de eventos futuros da história secular e sagrada.
2-    As visões assinalam o triunfo final do Reino de Deus sobre todos os poderes e do mundo.

No Capítulo 7, muitos comentaristas vêem as quatro bestas como representando os quatro grandes impérios: Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma (1.7), seguidos por uma visão do Messias.

No capítulo 8, aparece outro período da história medo-persa e grega sob a figura de uma besta.

O capítulo 9, a oração de Daniel é uma profecia velada do tempo da vinda do Messias.

Os capítulos 10, 11 e 12, contêm predições adicionais de longo alcance e revelações de acontecimentos futuros. Estes três capítulos tem sido campo de batalha de controvérsia teológica com muitas variadas interpretações.

DATA E COMPOSIÇÃO
Os argumentos apresentados para datar o livro no tempo de Antíoco IV Epifânio envolvem três pontos básicos:
1 – A natureza da profecia do Antigo Testamento;
2 – Problemas históricos;
3 – As línguas hebraica e aramaica do livro.

Em termos gerais, os profetas de Israel estavam preocupados, em primeiro lugar, com as circunstâncias religiosas e sócias nas quais viviam os seus contemporâneos, ao invés de ficar fazendo predições a respeito de acontecimentos futuros. Quando efetivamente prediziam o futuro, tratava-se normalmente de eventos em curto prazo, como as profecias de Jeremias sobre a queda iminente de Jerusalém diante dos babilônios. A visão de Daniel referente ao “rei do Norte” e ao “rei do Sul” traça um paralelo exato à história das relações existentes entre os impérios selêucida e ptolemaico no tempo de Antíoco IV Epifânio (11.2-39). Por outro lado a descrição das circunstâncias que cercam a morte do rei (11.40 – 12.3) não corresponde ao que se conhece sobre o falecimento de Antíoco. Com base nesses dados, alguns estudiosos argumentam que o livro de Daniel foi escrito no tempo de Antíoco, um pouco antes de sua morte. Contudo, a idéia de que os profetas de Israel não predisseram acontecimentos num futuro mais distante depende do pressuposto de que as profecias de Daniel são tardias, como também as de Isaías que se referem a Ciro (Is 44.28; 45.1). Isso também pode significar uma rejeição à profecia em geral.

Os acontecimentos do livro de Daniel situam-se no contexto do século VI a.C. No entanto, muitos estudiosos atuais atribuem a composição do livro a um autor do século II a.C., especificamente entre os anos 168 e 164. O motivo da escolha dessa data e sua precisão derivam-se do capitulo 11 deste livro. Ali Daniel fala acerca de vários reis cujos nomes não são citados, mas, os denomina como já foi citados acima “Rei do Norte” e "Rei do Sul”. Entretanto os detalhes deste capítulo coincidem com a história do Oriente Médio do período de Alexandre, o Grande, no século IV a.C. ao período de Antíoco Epifânio, no século II a.C.

A realidade de tudo isso é que não temos evidencias que impeçam a datação do século VI a.C. Além disso, as provas lingüísticas (com relação ao hebraico e aramaico de Daniel) indicam um período anterior ao II século. O fato de Daniel escrever na primeira pessoa a partir do capitulo 7 até o fim do livro, sugere naturalmente que ele seja o autor, embora o uso da terceira pessoa na primeira parte possa indicar que outra pessoa tenha determinado a estrutura e organização do livro.

No tocante a datação do idioma utilizado por Daniel, deve-se notar em primeiro lugar, que um grande bloco do texto (2.4 a 7.28) está escrito em aramaico, não em hebraico. A razão para mudança de idioma é desconhecida. Alguns estudiosos têm argumentado que o aramaico utilizado é tardio. Uma outra evidência de data posterior do texto seria o uso de diversos vocábulos emprestados da língua grega ao referir-se a instrumentos musicais (3.5). No entanto, nenhum dos argumentos é realmente convincente. Há inúmeras evidências de contatos entre gregos e o Oriente Próximo, anteriores ao tempo de Alexandre, o Grande. Esses contatos são suficientes para justificar o aparecimento de vocábulos emprestados da língua grega. O aramaico e o hebraico de Daniel podem ser datados em qualquer ocasião situada entre o final do século VI e o início do século II a.C. Em outras palavras, o argumento da língua não tem peso significativo para determinação duma data anterior ou posterior.

CONTEXTO HISTÓRICO
Em 626 a.C., Nabopolassar foi entronizado na Babilônia quando os babilônios declararam independência do Império Assírio em declínio. Aliando-se aos medos no leste, começaram a testar a força dos assírios. Em 612, a capital Nínive caiu e, com o colapso do governo após queda da Carquêmis em 605, os assírios antigamente poderosos só ficaram na lembrança do povo do Oriente Médio ao qual aterrorizaram durante quase 150 anos.

Com a morte de Nabopolassar, o trono foi ocupado com habilidade por seu filho, o General Nabucodonosor, em 605. Na época, ele assumiu o controle de todos os territórios perdidos pela Assíria, incluindo Judá. Os filhos de Josias que ocupavam o trono de Judá se mostraram incapazes de aceitar o papel de vassalo, pois nas duas décadas seguintes se envolveram constantemente em conspiração contra os babilônios. Isso resultou em várias deportações e, por fim na destruição de Jerusalém e do templo em 586 a.C., pelos exércitos de Nabucodonosor. Durante esse período, Daniel servia na corte babilônica, pois se encontrava no primeiro grupo de deportados levados para a Babilônia em 605 a.C.

TEMA
O temo teológico do livro é a soberania de Deus: “o Deus Altíssimo domina sobre os reinos dos homens” (5.21). As visões de Daniel sempre demonstram Deus triunfando (7.11,26,27; 8.25; 9.27; 11.45; 12.13). O apogeu de sua soberania é descrito em Apocalipse: “O reino do mundo se tronou de Nosso Senhor e do seu Cristo, e Ele reinará para todo o sempre” (Ap 11.15; Dn 2.44; 7.27).

DIFICULDADES DE INTERPRETAÇÃO
A autoria e data do livro de Daniel não são as únicas dificuldades do texto. Há divergências significativas na abordagem do livro. Essas divergências se dividem em três categorias principais.

A primeira abordagem é feita por aqueles que concluem que o livro foi escrito no tempo de Antíoco Epifânio. De acordo com esse ponto de vista, todas as referências a eventos anteriores a Antíoco são mera história, escritas em ocasião posterior aos acontecimentos. Para eles a única predição genuína no livro seria a morte de Antíoco e a esperada intervenção de Deus para estabelecer seu Reino (11.36 a 12.3).

Um segundo e mais tradicional ponto de vista atribui à ênfase principal das predições contidas no livro ao primeiro advento de Cristo. Essa abordagem está geralmente associada a uma compreensão escatológica amilenista ou pós-milenista.

Um terceiro ponto de vista considera que Antíoco Epifânio e a perseguição ao povo de Deus durante o seu reinado se constituem o primeiro enfoque do livro. O segundo é a intervenção divina no curso da história da humanidade ao final dos tempos, quando Deus estabelecerá seu Reino. A ênfase do livro não se acha no primeiro advento de Cristo (Cap. 9), mas sim em Antíoco e na segunda posição escatológica pré-milenista . Nessa compreensão, há grandes divergências entre os comentaristas quando se trata da interpretação dos detalhes do texto.

PROPÓSITO E MENSAGEM
A soberania de Deus é o centro deste livro e pode ser vista em ação nos âmbitos espirituais e políticos. No relato dos acontecimentos da vida de Daniel e de seus amigos, a ênfase está na vida de fé em um mundo cada vez mais hostil. A soberania de Deus é vista pela ótica da capacidade de fazer prosperar ou livrar os fiéis.

A soberania de Deus nas questões políticas é demonstrada nas visões do livro. O propósito era lidar com as expectativas da comunidade exílica e pós-exílica. Com base na leitura de profetas anteriores, o povo de Israel acreditava que o Reino de Deus seria estabelecido com o retorno a Jerusalém depois de setenta anos de exílio. As visões de Daniel diziam que ainda haveria quatro reinos antes da chegada do Reino de Deus e que, apesar do retorno do exílio acontecer após setenta anos, conforme profecia de Jeremias, isso não podia ser confundido com a restauração total. Em vez de setenta anos, o período necessário seria de setenta semanas de anos.

Enquanto isso, os israelitas deviam ser fiéis no mundo dos gentios sob circunstâncias cada vez mais difíceis de suportar. Deviam depender da soberania divina para resistir geração após geração, crise após crise. Também deviam confiar no poder de Deus de controlar a ascensão e declínio de impérios mundiais que viriam para dominá-los. Eles deveriam estar preparados para uma resposta de Deus que não viria de imediato.

O fato de o Reino de Deus ser o auge do programa divino para Israel e o mundo é transmitido claramente no livro de Daniel. O conceito é introduzido no capitulo 2 como Reino que jamais será destruído (2.44), embora de certa forma, Deus já governe em seu Reino Eterno (4.3,34,35).

No capítulo 7 versículos de 9 a 14, apresenta-se alguém denominado como “Filho do Homem” ao qual o Reino de Deus foi dado. Do nosso ponto de vista, podemos certamente identificá-lo como Jesus, mesmo que isso não estivesse claro para os povos da época de Daniel. Os capítulos 9 e 11 dizem respeito à época que precederá o estabelecimento do Reino de Deus.

Os reinos das nações são descritos como temporários e de domínio limitado. O Império Babilônico é o tema dos capítulos 4 e 56; o Medo-Persa e o Grego estão retratados explicitamente no capítulo 8; O Grego, em especial a Dinastia Selêucida é sem dúvida o comentada no capítulo 11.

Os quatro reinos apresentados nos capítulos 2 e 7 é o tema principal. A identificação dos quatro reinos não é feita no livro, apesar de Nabucodonosor ser identificado como o primeiro reino (2.38) e entendermos que os outros dois reinos mencionados em outras passagens, Medo-Persa e Grego, sejam os dois dos três restantes. Mas esse conhecimento não tem grande importância. O que realmente é importante no contexto do livro de Daniel é o contraste entre impérios humanos e o Reino de Deus.

Além desses temas abrangentes de Daniel, alguns conceitos-chave são relevantes para o estudo do livro. Um deles é o “tempo de angustia” (12.1), geralmente denominado de “grande tribulação” (Mt 24.21; Lc 21.23; Ap 2.22). Mateus relaciona essa grande tribulação com o “abominável da desolação” (Mt 24.15) predito por Daniel (Dn 9.27; 12.11).

O “anticristo” pode ser incluído na teologia de Daniel (Dn 7.8,20-22.24-27). Embora essa palavra só apareça nas epístolas de João (1Jo 2.18,22; 4.3; 2Jo 7), porém referências de uma pessoa de ódio satânico que surgirá no fim dos tempos da história humana, antes da segunda vinda de Cristo, são encontradas em vários textos bíblicos.

A idéia do milênio também ocorre no livro de Daniel. O termo milênio é derivado da palavra latina que significa “mil” e designa o período de mil anos descrito em Apocalipse 20. O caráter desses mil anos é interpretado pelos estudiosos, de três maneiras distintas, como se segue:

1-    Os pré-milenistas acreditam que o milênio é um reino mundial de paz e justiça sobre a terra, que se iniciará após a segunda vinda de Cristo (Is 2.1-5; 11.1-10).
2-    Os pós-milenistas acreditam que o milênio é um período de paz e justiça que será estabelecido pela pregação do Evangelho em todo mundo, resultando nas condições descritas em passagens como Isaías 2.1-5; 11.1-10.
3-    Os amilenistas acreditam que o milênio é uma referencia figurada ao tempo presente do Evangelho. Desta forma o milênio não é visto como uma ordem política futura, mas como o reino espiritual do governo de Cristo sobre a Igreja.

Na interpretação dos pós-milenistas e amilenistas, o número “mil” é geralmente considerado como uma forma figurativa de representar um longo período de tempo, em lugar de mil anos literais.
  
AS SETENTA SEMANAS (9.24-27)
A interpretação desses versículos é discutida em muitos pontos particulares. Há duas abordagens fundamentais quanto à interpretação das “sete semanas”. Seriam períodos simbólicos ou períodos literais de tempo. No ponto de vista simbólico, os setenta anos de punição à Israel foram multiplicados por sete vezes em consonância com as maldições da aliança (Lv26.18,21,24,28). Os defensores do ponto de vista literal, são de três categorias. Tal como outras profecias de Daniel, alguns estudiosos interpretam estes versículos como se eles se reportassem aos tempos de Antíoco IV. Outros interpretes podem ser divididos em dois grupos:

1 – Os que interpretam a passagem como se o enfoque primários sobre os acontecimentos estivessem associados ao advento de Cristo.
2 – Há os que interpretam a passagem como tendo referencia aos acontecimentos associados tanto com o primeiro como o segundo advento de Cristo, com um intervalo não declarado entre os dois adventos.

Obs.: Dentro de cada uma dessas interpretações há diferenças individuais quanto a detalhes.

A maioria dos intérpretes, vêem as unidades de setenta semanas como se representassem 490 anos (9.24-27). Essas setenta semanas de anos são então divididas em três subunidades de 49 anos (sete semanas). Os intérpretes diferem somente acerca da pergunta se essas subunidades devem ser vistas como uma seqüência contínua ou se há intervalos entre elas.

O UNGIDO
Há compreensão entre grande parte dos estudiosos que o “Ungido” é uma clara referencia a Jesus. Ligando as “sete semanas” (49 anos) e as “sessenta e duas semanas” (434 anos) como uma seqüência contínua, resulta em 483 anos, a partir de 457 a.C. até 27 d.C., ou seja, até aproximadamente o começo dos três anos do ministério público de Jesus. Mas há os que entendem que os 483 anos começam com a “ordem” de Artaxerxes no ano vigésimo de seu reinado, para a reconstrução dos muros de Jerusalém (Ne 2), ou seja, no ano 444 a.C., em lugar de sétimo ano de seu governo (Ed 7.12-26). Em 457 a.C. Tomando-se por base o ano lunar de 360 dias (como acontece com o calendário judaico), essa aproximação atinge a data da crucificação de Jesus em 33 d.C. Essa data da crucificação é possível, embora discutível.

Há os que defendem que o “Ungido” é Ciro, usando como base Isaías 45.1. Esse ponto de vista separa as “sete semanas” e as “sessenta e duas semanas”. “As sete semanas” se passaram entre a destruição de Jerusalém, em 586 a.C., e o decreto de Ciro em 538 a.C. E “sessenta e duas semanas” (434 anos) seria o tempo durante o qual a cidade seria reconstruída, mais ou menos 538 a.C. e 70 d.C., quando Jerusalém foi destruída pelos romanos sob o comando do general Tito.

O certo que todos esses cálculos, não podem ser usados para uma datação da vinda de Cristo, com o fazem algumas seitas.

CONCLUSÃO
O livro de Daniel serviu para lembrar ao povo judeu que suas angústias não terminariam quando voltassem do exílio. Por isso as expectativas ficariam de lado por um tempo e a angústia continuaria. Contudo Deus sempre dá esperanças a seu povo, eles ressuscitariam (12.2). Deus os incentivou a perseverarem em meio a este período importante de purificação (12.10-13).

O cativeiro deveria servir para os deportados e os que ficaram na Jerusalém destruída, como um período de purificação e arrependimento. Não havia motivo para revolta ou cobranças ao Senhor Deus, e sim humilhação e reconhecimento de que os culpados pela desolação de sua pátria era sua desobediência à aliança entre eles e o Senhor, conforme reconhece Daniel em sua oração no capitulo 9.

Fonte: http://www.santovivo.net/gpage186.html


Fé X Medicina

PESQUISA SOBRE FÉ X MEDICINA

Não importa o nome do deus ou se há deus. O fato é que a medicina começa a incluir cada vez mais em suas práticas o instrumento da espiritualidade no cuidado com os pacientes. Isso significa usar a favor do doente sua crença em uma religião ou sua busca de aprimoramento espiritual por meio de outros caminhos que não os religiosos.
 
O tema, que sempre incomodou os homens da ciência, também começa a ganhar destaque na literatura científica, em eventos médicos e nas escolas de medicina. Esse fenômeno é resultado de várias circunstâncias. Uma delas diz respeito à demanda dos próprios pacientes por um tratamento que contemple sua saúde em dimensões mais amplas.
Eles querem ter seu lado espiritual respeitado e incluído nas terapias.

Um estudo da Universidade de Ohio (EUA) feito no ano passado com 798 pessoas deixa esse anseio patente. Segundo o trabalho, cerca de 85% dos voluntários gostariam de discutir sua fé com o médico e 65% deles esperavam compreensão desse desejo por parte dos doutores.

Outra razão que explica o crescimento da importância do assunto está ancorada na observação clínica dos efeitos positivos da espiritualidade. Já são muitos os médicos que fazem essa constatação no dia a dia.

O oncologista Riad Yunes, do Hospital do Câncer de São Paulo, é um deles. “Os pacientes que têm religiosidade parecem suportar mais as dores e o tratamento.

Também lidam melhor com a idéia da morte”, observa. Esse tipo de informação já aparece em diversas pesquisas.
Muitas estão sendo feitas sob a batuta do médico Harold Koenig, da Universidade de Duke (EUA). Entre seus achados estão resultados interessantes.

Pessoas que adotam práticas religiosas ou mantêm alguma espiritualidade apresentam 40% menos chance de sofrer de hipertensão, têm um sistema de defesa mais forte, são menos hospitalizadas, se recuperam mais rápido e tendem a sofrer menos de depressão quando se encontram debilitadas por enfermidades. “Hoje há muitas evidências científicas de que a fé e métodos como a oração e meditação ajudam os indivíduos”, afirma Thomas McCormick, do Departamento de História e Ética Médica da Universidade de Washington (EUA).

Estimulados por essa realidade, os cientistas procuram respostas que elucidem de que modo esse sentimento interfere na manutenção ou recuperação da saúde. Há algumas explicações. Uma delas se baseia numa verdade óbvia: a de que quem cultiva a espiritualidade tende a ter uma vida mais saudável. “Os estudos comprovam que a religiosidade proporciona menos comportamentos auto-destrutivos como suicídio, abuso de drogas e álcool, menos stress e mais satisfação.

A sensação de pertencer a um grupo social e compartilhar as dificuldades também contribuiria para manter o paciente amparado, com melhor qualidade de vida”, explica o psiquiatra Alexander Almeida, do Núcleo de Estudos de Problemas Espirituais e Religiosos do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP). Para os cientistas, essa explicação é só o começo.

O que se quer saber é o que se passa na intimidade do organismo quando as pessoas oram, lêem textos sagrados e qual o impacto disso na capacidade de se defender das doenças.

Embora não existam estudos conclusivos, acredita-se que esse plus esteja relacionado a mudanças produzidas pela fé na bioquímica do cérebro. “Setores do sistema nervoso relacionados à percepção, à imunidade e às emoções são alteráveis por meio das crenças e significados atribuídos aos fatos, entre outros fatores.

Assim, um indivíduo religioso tem condições de atribuir significados elevados ao seu sofrimento físico e padecer menos do que um ateu ou agnóstico”, explica o psicólogo e clínico João Figueiró, do Centro Multidisciplinar da Dor do Hospital das Clínicas (HC/SP).

Para aprofundar as investigações, está surgindo até um novo campo de conhecimento, chamado de neuroteologia. Trata-se de uma área de pesquisa dedicada ao estudo da resposta das regiões cerebrais em face da fé e da espiritualidade. Um dos pesquisadores da área é o neurocirurgião Raul Marino Jr., chefe do setor de neurocirurgia do Hospital das Clínicas de São Paulo. Em julho, ele lançará um livro dedicado ao estudo dessas reações (A religião do cérebro, Ed. Gente). “Práticas como a prece, a meditação e a contemplação modificam a produção de substâncias do cérebro que têm atuação em locais como o sistema límbico, envolvido no processamento das emoções”, garante o especialista. Marino reuniu estudos feitos com aparelhos de ressonância magnética, PET/Scan (equipamento de imagem de última geração) e dezenas de trabalhos mostrando as modificações no cérebro.


Médiuns – A abrangência dos estudos também está aumentando.
 
Se antes a maioria das pesquisas estudava populações protestantes, católicas e adeptos do judaísmo, agora começam a surgir trabalhos com praticantes de outras religiões. psiquiatra Almeida, da USP, verificou a saúde mental de 115 médiuns espíritas.

Descobriu que a incidência de transtornos como ansiedade e depressão nessa população fica em torno de 8%, um porcentual menor do que a estimativa encontrada na população em geral,de 15% de incidência. Todo esse movimento está levando muitas escolas de medicina a abrir espaço para debate.

De acordo com um trabalho da Universidade de Yale (EUA) publicado no Jornal da Associação Médica Americana (Jama), em 1994 apenas 17 faculdades americanas ofereciam cursos sobre medicina e espiritualidade. Em 2004, já eram 84 instituições. No Brasil, a Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará inaugurou, também no ano passado, um curso opcional de 20 horas. Cem alunos já cursaram a disciplina. “A mudança está ligada a uma nova abordagem da escola médica, focada na humanização do relacionamento do médico com o paciente”, diz a criadora da disciplina, a professora de histologia e embriologia humana Eliane Oliveira.

Aos poucos, essa modificação começa a se desenhar nos hospitais brasileiros. Um dos médicos que fazem questão de estimular a prática da espiritualidade em seus pacientes é Eymard Mourão Vasconcelos, da Universidade Federal da Paraíba e com pós-doutorado em espiritualidade e saúde pela Fundação Oswaldo Cruz.

Para ele, não restam dúvidas quanto ao poder da fé na recuperação dos doentes. “É preciso despertar a garra em portadores de enfermidades. Isso não se faz com conhecimento técnico, mas mexendo com a emoção profunda da espiritualidade”, frisa.

Outro que usa a ferramenta da fé é o cirurgião oncológico Paulo Cesar Fructoso, do Rio de Janeiro, integrante da Sociedade Brasileira de Cancerologia. “Mas nenhum tratamento médico deve ser interrompido”, ressalta.
Risco – O médico toca em um ponto importantíssimo. Quando a religiosidade toma o lugar da medicina, as coisas se complicam.

Quem leva a fé a ferro e fogo e decide depositar tudo nas mãos de Deus corre o sério risco de perder a vida.
Um estudo feito pelo médico Riad Yunes com três mil pacientes de câncer de mama no Hospital do Câncer de São Paulo mostra o quanto essa possibilidade é real.

Segundo o trabalho, 20% das mulheres preferiram fazer tratamentos espirituais antes de se submeter à cirurgia e tomar os medicamentos indicados pelos médicos. “Quando voltaram ao hospital, três ou quatro meses depois, os tumores tinham dobrado de tamanho”, diz Yunes. Como se vê, o equilíbrio entre as necessidades da alma e as do corpo é um dos segredos de uma boa saúde.

É o que busca, por exemplo, a atriz Lucélia Santos, 47 anos. “O desenvolvimento espiritual me traz harmonia.
A saúde do organismo e do espírito andam juntas”, diz.




Fonte: http://www.boasnovas.tv/programas/antenados/index.php?option=com_content&task=view&id=64&Itemid=26

‘Passa à Macedônia e ajuda-nos...’

Ricardo Pessoa
Em minha passagem pela Albânia no verão de 2001, fui à cidade de Leja, localizada ao Norte, para a inauguração de uma das primeiras creches cristãs do país. Em meu retorno para a capital, Tirana, conheci Geni (lê-se “Guêni”) Begu, um jovem simpático e dedicado ao Senhor que conhecera a Deus no início dos anos 1990, logo depois da queda do regime comunista na Albânia. Geni presenciou a histórica “invasão” de evangelistas e plantadores de igrejas de diversas partes do mundo. “Era gente de todo lugar, trazendo ajuda material e espiritual”, lembrou.



Vista Panorâmica de Skopie, capital da Macedônia, onde macedônios e albaneses vivem           aparentemente em harmonia


Dentre os primeiros estrangeiros a entrarem na Albânia, estava a brasileira Nájua Diba, que morava no Kosovo desde 1987, mas que fazia constantes viagens evangelísticas à Albânia. “Quando recebi a notícia da queda do comunismo, senti-me como Filipe, que fora levado pelo Espírito do Senhor até aquele etíope. Cheguei à querida Albânia no dia 15 de abril de 1991. Em Tirana, me encontrei com uma amiga, Lumi, que se tornou minha primeira filha na fé ali, pois no Kosovo já havia ganhado outros para Jesus. Ela me recebeu em sua casa, e desde aquele dia em diante vivo na Albânia”, contou Nájua. O resultado da estada de Nájua com Lumi foi a conversão de toda a família da moça e o nascimento de uma igreja a oito quilômetros da capital albanesa. Nájua também ajudou a fundar outra igreja na cidade de Kamêz, também a oito quilômetros de Tirana, com seu trabalho missionário.

Restaurante à beira do Lago de Ohri, Macedônia. Struga é uma grande cidade com grande população albanesa que vive da pesca e do turismo

















A Albânia foi o mais prejudicado de todos os países do antigo bloco comunista no Leste Europeu, devido ao isolamento imposto pelo governo ditador de Enver Hoxha (lê-se “Rodja”). Imagine que a única nação que tinha em sua Constituição a frase “Nós não cremos em Deus”, veio a conhecer papel higiênico, absorvente, palito de dente, banana, etc., somente após os quase 50 anos de comunismo. “Em 1991, não podíamos encontrar quase nada para comprar na Albânia”, afirmou Nájua. “Era tudo muito difícil, e fazíamos uma festa quando podíamos encontrar algo vindo da Itália ou Grécia.”

BÁLCÃS
Península Balcânica é o nome histórico e geográfico para designar a Região Sudeste da Europa que engloba a Albânia, a Bósnia e Herzegovina, a Bulgária, a Grécia, a República da Macedônia, o Montenegro, a Sérvia, o autoproclamado independente Kosovo, a porção da Turquia no continente europeu (a Trácia), bem como, parcialmente, a Croácia, a Romênia e a Eslovênia. O termo deriva da palavra turca para “montanha” e faz referência à Cordilheira dos Bálcãs, que se estende do leste da Sérvia até o Mar Negro.

O professor francês Jacques Rupnik é ex-diretor da Comissão Internacional para os Bálcãs e um dos mais conceituados especialistas do mundo no que diz respeito ao papel do povo albanês na Região Balcânica. Ele explicou que “a Albânia é um Estado em ruínas, o país mais pobre da Europa e não oferece muitos atrativos”. Todavia, sem pensar na controversa “escassez de atrativos” a que possivelmente se referia o professor Rupnik, a Igreja Evangélica tem encontrado atrativos de sobra, não só na Albânia, mas também no Kosovo, Macedônia e demais nações da Península Balcânica, para anunciar as Boas-Novas que os comunistas impediram por anos. Nesta região, os campos estão brancos para a ceifa. É assim que Jesus continua vendo as nações através da Igreja.
Hoje casado com Sonila e com dois filhos, Geni, depois de trabalhar como co-pastor em Tirana de 1994 a 2007, foi enviado para o Kosovo, onde atua como plantador de igreja desde 2007. Em 1997, foi eleito secretário-geral da VUSh – Vëllazëria Ungjillore e Shqipërisë (Irmandade Evangélica da Albânia), onde teve um mandato de seis anos. “A Igreja na Albânia viu um crescimento impressionante na sua primeira década (1991–2001). Mas durante os últimos sete anos, este crescimento diminuiu”, lamentou. “Desde 2000, o movimento evangelístico estrangeiro começou a perder força. Creio que o grande desafio de hoje é a reevangelização da Albânia pela própria Igreja albanesa. Mas ainda precisamos de muita ajuda das igrejas de fora.”

ALBÂNIA
Nome: República da Albânia (Republika e Shqipërisë)
Capital: Tirana
População: 3 milhões
Religião: Islamismo 65%, cristianismo 33% (ortodoxos 20%, católicos 13%, evangélicos 0,85% = 25.000), outras 2% (1992)

Enquanto na Albânia os evangélicos (0,85% da população) lutam para conseguir os mesmos direitos que a Igreja Ortodoxa (20%) e a Católica Romana (13%) conseguiram há anos com o governo, a Igreja Protestante do Kosovo conquistou sua oficialização com o nome de Igreja Protestante Evangélica do Kosovo. Vale dizer que a razão dos termos “protestante” e “evangélico” estarem juntos é o fato de as Testemunhas de Jeová também serem tratadas (pelo governo e pelo povo) como protestantes. “Apesar desse avanço, nada mudou,” disse o Dr. Femi Cakolli, editor-chefe da revista cristã Letra e Gjallë (Carta Viva). Cakolli explicou que, após o reconhecimento oficial da comunidade protestante evangélica como igreja oficial no Kosovo, o governo passou a impedir que eles usassem locais públicos, alegando que estes não poderiam ser utilizados com fins religiosos. “Infelizmente, o governo tem-nos usado para mostrar para a imprensa estrangeira que o Kosovo não é um país muçulmano, pois há católicos romanos, ortodoxos e protestantes.”

O projeto “Jete per Kosoven” (Vida para Kosovo), foi realizado na semana da Páscoa de 2008, contou com muitas atividades evangelísticas, como distribuição de flores com folhetos sobre a ressurreição de Cristo, limpeza e florestação de alguns cantieros da cidade





















Com uma população de aproximadamente dois milhões o Kosovo conta com dois mil cristãos evangélicos divididos em 12 diferentes denominações. Já na Macedônia, os cretes não chegam a três mil, e dentre os albaneses, estima-se que haja entre cinco a sete convertidos apenas e nenhuma igreja implantada.
“Para nós, como macedônios, é quase impossível ganharmos a confiança deles”, ressaltou Sasha, pastor da Igreja Evangélica de Kumanovo, norte da Macedônia. “Apesar de os albaneses falarem macedônio, o grande problema é o que está incutido na mentalidade das pessoas daqui. Para elas, ser macedônio é ser cristão (católico ortodoxo) e para os albaneses, ser albanês é ser muçulmano. A religião é parte da identidade de ambos os povos.” Por essa razão, muitas igrejas e escolas bíblicas albanesas têm se mobilizado para enviar grupos para fazerem evangelismo de impacto nas regiões de maioria albanesa. Hoje existe um casal de El Salvador que, após anos na Albânia, ouviu o chamado do texto bíblico: “passa à Macedônia e ajuda-nos” e está trabalhando com o propósito de levantar a primeira igreja entre os albaneses. Em fevereiro deste ano, enquanto retornava de barco de Atenas, na Grécia, para Izmir, na Turquia, conversava com uma jovem estrangeira que me disse algo interessante. Ela contou ter sido roubada por uma albanesa horas antes de viajar. Perguntei como sabia que a ladra era albanesa. “Ah, na Grécia só os albaneses é que roubam. Todos dizem isso.” Esse estigma sociológico é resultado do alto índice de albaneses vivendo clandestinamente em várias cidades da Grécia. A Igreja Evangélica grega não faz muito esforço para alcançar as minorias que vivem no país. Alguns estrangeiros que trabalhavam na Albânia, e até albaneses, é que foram chamados por Deus para se mudarem para a Grécia na tentativa de iniciar algo entre albaneses.


Evangélicos do Kosovo se mobilizam por meio do projeto “Jete per Kosoven” (Vida por Kosovo) e levam alimentos e agasalhos a vilarejos da perifiria de Pristina

Na Albânia, principal avenida do Centro de Tirana, o Mercedes se tornou o carro preferido dos albaneses, porque este era o que os políticos usasavam no tempo do comunismo, já que o povo mesmo não possuía veículos







































Ao contrário do que muitos podem achar, quando se fala em evangelizar albaneses, não se pode pensar apenas na Albânia. Estima-se que haja por volta de três milhões de albaneses na Albânia e quatro milhões espalhados pelos Bálcãs. Também não é tarefa fácil entender a situação política, étnica e religiosa nos Bálcãs. Principalmente, a polêmica das divisões territoriais e a questão etno-religiosa quase que inseparável em países como a Macedônia, onde praticamente um terço da população é de etnia albanesa. Já no Kosovo, 90% da província é composta por albaneses.

Centro de Tirana visto a partir do Tirana International Hotel, um dos poucos hotéis que sobreviveram à transição da era comunista para a democrática
















A tarefa de fazer discípulos entre os albaneses continua. No passado, a Igreja chegou até lá por meio de Paulo. “... desde Jerusalém e circunvizinhanças até ao Ilírico [Albânia hoje], tenho divulgado o evangelho de Cristo...” (Romanos 15:19b). Agora é a vez e missão dos atuais seguidores de Cristo. O clamor desse povo pode ser constatado nos dizeres de Qefsere Neshevçi, albanesa natural do Kosovo: “Espero que meu povo veja a luz do Evangelho com todo o seu poder e beleza.” E finaliza: “Zot ju bekoftë”! (Deus vos abençoe!)

PAÍSES COM NÚMERO CONSIDERÁVEL DE ALBANESES
KOSOVO
Nome: República do Kosovo (Republika e Kosovës) Declarado unilateralmente independente da Sérvia em 17 de fevereiro de 2007
Capital: Pristina
População: 2 milhões (albaneses 90%, sérvios 5%, turcos 1%, outros 4%)
Religião: Islamismo 95%, cristianismo 5,8% (católicos 4%, ortodoxos sérvios 1%, protestantes evangélicos 0,8%).

MACEDÔNIA
Nome: República da Macedônia (Republika Makedoniya)
Capital: Skopje
População: 2 milhões (eslavo-macedônios 67 %, albaneses 21%, turcos 4,5%, sérvios 2,5%)
Religião: Cristianismo ortodoxo (macedônios e sérvios), islamismo (albaneses e turcos)

GRÉCIA
Nome: República Helênica (Elliniki Dhimokratia) Membro da União Européia desde 1981 e da União Econômica e Monetária da União Européia desde 2001
Capital: Atenas
População: 11,2 milhões (97% de origem grega, 3% albaneses, Roma (gipsesciganos), pomaks, armênios, macedônios e outros)
Religião: Cristianismo ortodoxo grego 97%, islamismo 140.000, evangélicos 32.000, Testemunhas de Jeová 30.000 13%, evangélicos 0,85% = 25.000), outras 2% (1992)


Fonte: http://www.revistaenfoque.com.br/index.php?edicao=86&materia=1155