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A origem das Assembleias de Deus no Brasil

Daniel Berg e Gunnar Vingren chegaram a Belém do Pará em 1910 e iniciaram esta grande obra

A origem das Assembleias de Deus no Brasil está no fogo do reavivamento que varreu o mundo por volta de 1900, início do Século XX, especialmente na América do Norte. Os participantes desse reavivamento foram cheios do Espírito Santo da mesma forma que os discípulos e os seguidores de Jesus durante a Festa Judaica do Pentecostes, no início da Igreja Primitiva, conforme está escrito em Atos 2. Assim, eles foram chamados de “pentecostais”.
Exatamente como os crentes que estavam no Cenáculo, os precursores do reavivamento do Século XX falaram em outras línguas que não as suas originais quando receberam o batismo no Espírito Santo. Outras manifestações sobrenaturais tais como profecia, interpretação de línguas, conversões e curas também aconteceram.

Quando Daniel Berg e Gunnar Vingren chegaram a Belém do Pará, em 19 de novembro de 1910, ninguém poderia imaginar que aqueles dois jovens suecos estavam para iniciar um movimento que alteraria profundamente o perfil religioso e até social do Brasil por meio da pregação de Jesus Cristo como o único e suficiente Salvador da Humanidade e a atualidade do Batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais. As igrejas existentes na época – Batista de Belém do Pará, Presbiteriana, Anglicana e Metodista - ficaram bastante incomodadas com a nova doutrina dos missionários, principalmente por causa de alguns irmãos que se mostravam abertos ao ensino pentecostal. A irmã Celina de Albuquerque, na madrugada do dia 18 de junho de 1911, foi a primeira crente a receber o batismo no Espírito Santo, o que não demorou a ocorrer também com outros irmãos.

O clima ficou tenso naquela comunidade, pois um número cada vez maior de membros curiosos visitava a residência de Berg e Vingren, onde realizavam reuniões de oração. Resultado: eles e mais dezenove irmãos acabaram sendo desligados da Igreja Batista. Convictos e resolvidos a se organizar, fundaram a Missão de Fé Apostólica em 18 de junho de 1911, que mais tarde, em 1918, ficou conhecida como Assembleia de Deus.

Em poucas décadas, a Assembleia de Deus, a partir de Belém do Pará, onde nasceu, começou a penetrar em todas as vilas e cidades até alcançar os grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Em virtude de seu fenomenal crescimento, os pentecostais começaram a fazer diferença no cenário religioso brasileiro. De repente, o clero católico despertou para uma possibilidade jamais imaginada: o Brasil poderia vir a tornar-se, no futuro, uma nação protestante.


         
      


Estrutura Administrativa

A história da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil – CGADB - dá-se no ano de 1930. Após três décadas do surgimento
das Assembleias de Deus
no país, devido ao grande crescimento do Movimento Pentecostal iniciado pelos missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren, os pastores das Assembleias de Deus resolveram que já era tempo de se criar uma organização que estabeleceria o espaço para discussão de temas de máxima relevância para o crescimento da denominação.

A CGADB foi idealizada pelos pastores nacionais, visto que a igreja estava na responsabilidade dos missionários suecos e deram os primeiros passos em reunião preliminar realizada na cidade de Natal (RN), em 17 e 18 de fevereiro do ano de 1929. A primeira Assembleia Geral da Convenção Geral foi realizada entre os dias 5 e 10 de setembro, onde se reuniram a maioria dos pastores nacionais e os missionários que atuavam no país. Foi nessa Assembleia Convencional que os missionários suecos transferiram a liderança das Assembleias de Deus no Brasil para os pastores brasileiros. Nesta mesma reunião decidiu-se por se criar um veículo de divulgação do Evangelho e também dos trabalhos então realizados pelas Assembleias de Deus em todo o território nacional. Estava lançada a semente do que viria a ser o atual jornal Mensageiro da Paz. Com a rápida repercussão nacional, o periódico, então dirigido pelo missionário Gunnar Vingren, tornou-se o órgão oficial das Assembleias de Deus no Brasil.

As primeiras resoluções emanadas em Assembleias Convencionais de pastores das Assembleias de Deus foram emitidas nas Assembleias Gerais dos anos de 1933 a 1938. Entre os anos de 1938 e 1945, com o transcorrer da 2ª Grande Guerra Mundial, os líderes da denominação tiveram enormes dificuldades de se locomover pelo país e por causa desse fator não foi realizada nenhuma assembleia convencional durante esse período.
Finalmente em 1946, em Assembleia Geral Ordinária realizada na cidade de Recife (PE), os pastores das Assembleias de Deus de todo o país decidiram-se por tornar a CGADB em uma pessoa jurídica, com a responsabilidade de representar a igreja perante as autoridades governamentais, bem como a todos os segmentos da sociedade. O primeiro Estatuto apresentou como principais objetivos da CGADB: “promover a união e incentivar o progresso moral e espiritual das Assembleias de Deus; manter e propugnar o desenvolvimento da Casa Publicadora das Assembleias de Deus” e principalmente a aproximação das Assembleia de Deus no país: “Nenhuma Assembleia de Deus poderá viver isoladamente, sendo obrigatória a interligação das Assembleias de Deus no Brasil, com a finalidade de determinar a responsabilidade perante a Convenção Geral e perante as autoridades constituídas”. As Assembleias Gerais realizadas nas décadas seguintes foram marcadas por discussões e debates sobre temas relacionados às doutrinas bíblicas básicas e por projetos de desenvolvimento da Obra de Deus.

Os anos 90 marcam uma nova fase de crescimento das Assembleias de Deus no Brasil. Em maior parte, os resultados apresentados nesse novo período de crescimento dão-se, claramente, decorrente de medidas tomadas pela CGADB durante essa década. Sob a liderança do Pr. José Wellington Bezerra da Costa, a principal decisão foi a implantação do projeto Década da Colheita, um esforço evangelístico que envolveu praticamente toda a igreja no Brasil.

Com o crescimento da igreja e a necessidade de um espaço mais adequado para o desenvolvimento de suas atividades, a CGADB inaugurou no dia 26 de novembro de 1996, sua nova sede, no bairro da Vila da Penha, cidade do Rio de Janeiro, em um moderno edifício de 4 andares, onde disponibilizados salas administrativas e um auditório com capacidade para 700 pessoas, além de anexo onde está instalada a EMAD – Escola de Missões das Assembleias de Deus - e uma ampla loja da CPAD – Casa Publicadora das Assembleias de Deus.

No século XXI, a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil continua implantando projetos de desenvolvimento de sua participação mais ativa na sociedade brasileira. Dois exemplos desta nova fase são a criação do Conselho Político da CGADB e da Faculdade Evangélica de Ciências, Tecnologia e Biotecnologia da CGADB, a FAECAD.



 
Fonte: Extraído do site da CGADB

APENAS UMA CORRENTE FINA

Certo dia um homem foi a um circo e ficou observando os animais fortes e ferozes. Cada qual em sua jaula, menos o elefante, que era mantido preso por uma ridícula corrente, completamente incapaz de deter o mais forte de todos os animais daquele circo. O homem não conteve sua curiosidade e perguntou ao tratador de animais:
- Vocês não têm medo que o elefante quebre essa correntinha e fuja?

- Não! Ele não consegue quebrar essa corrente.

- Como assim, até eu seria capaz de quebrar essa corrente, se me prendessem a perna com ela?

- Ele não consegue quebrá-la porque nem tenta fazê-lo. Quando ele era pequeno, ele tentou várias vezes, mas, não conseguiu, pois, naquela época, essa corrente era capaz de prendê-lo. Agora ele cresceu, mas ainda não "sabe" que ficou mais forte que a corrente, que agora pode quebrá-la com um simples puxão de perna. Como dizemos, ficou condicionado. Por isso, nem tenta mais.


O sábio é mais poderoso do que o forte.
Provérbios 24.5

Autor: Desconhecido
http://www.sitedopastor.com.br/ilustracoes/umacorrentefina.htm

SALVOS POR UM COPO DE LEITE!

SALVOS POR UM COPO DE LEITE!
Um dia, um rapaz pobre que vendia mercadorias de porta em porta para pagar seus estudos, estava com muita fome e só lhe restava uma pequena moeda no bolso.
Decidiu, então, que ao invés de tentar vender, iria pedir comida na próxima casa; porém seus nervos o traíram quando uma encantadora jovem lhe abriu a porta.

Em vez de comida, pediu um copo de água. A mulher percebeu que ele estava com fome e lhe deu um grande copo de leite. Ele bebeu devagar e depois lhe perguntou:
- Quanto lhe devo?
- Não me deve nada -
respondeu ela. E continuou: - Minha mãe sempre nos ensinou a ajudar as pessoas.
- Pois te agradeço todo coração, a você e à sua mãe.
O rapaz saiu daquela casa não só refeito fisicamente, mas também com sua fé renovada em Deus e nos homens. Ele já havia resolvido abandonar os estudos devido às dificuldades financeiras que estava passando, mas aquele gesto de bondade o fortaleceu.
Anos depois, essa jovem mulher ficou gravemente doente. Os médicos locais estavam confusos. Finalmente a enviaram à cidade grande, para se tratar.
O médico de plantão naquele dia era o Dr. Howard Kelly, um dos maiores especialistas do país naquela área. Quando escutou o nome do povoado de onde ela viera, uma estranha luz encheu seus olhos e de pronto foi ver a paciente.
Reconheceu-a imediatamente e determinou-se a fazer o melhor para salvar sua vida, passando a dedicar-lhe atenção especial. Contudo, nada lhe disse sobre o primeiro encontro que tiveram no passado.
Depois de uma terrível batalha, eles finalmente venceram aquela enfermidade.
Ao receber alta, ela teve medo de ver a conta do hospital, porque imaginava que levaria o resto da sua vida para pagar por aquele tratamento tão caro e demorado. Quando, finalmente, abriu a fatura, seu coração se encheu de alegria com estas palavras: "Totalmente pago - há muitos anos - com um copo de leite - ass.: Dr.Howard Kelly." Só então ela se lembrou de onde conhecia aquele médico.

"Na vida nada acontece por acaso. O que você faz hoje, pode fazer a diferença em sua vida amanhã."

E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.
Gálatas 6.9
.


Autor desconhecido.

http://www.sitedopastor.com.br/ilustracoes/copodeleite.htm

ROSA OU PORCO-ESPINHO?

Certo homem, que nunca tinha visto uma única rosa em sua vida, entrou numa floricultura e comprou um lindo arranjo para dar para a sua esposa, mas, tanto gostou daquelas maravilhosas flores que, posteriormente, comprou umas mudas de roseira e passou a cultivá-las no quintal da sua casa.

A princípio, cuidou muito bem delas, porém, antes que um único botão surgisse em sua plantação, ele ficou abismado com a quantidade de espinhos:
- Como pode uma flor tão linda vir de uma planta tão espinhosa?

Entristecido, abandonou o cultivo e deixou que as plantas morressem por falta d'água.

O amor não se porta inconvenientemente,
não se irrita, tudo sofre, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta.

I Coríntos 13.4-7

Autor: Desconhecido
http://www.sitedopastor.com.br/ilustracoes/rosaouporco.htm

Provérbios

Autor
Salomão, rei de Israel, era filho de Davi e de Bate-Seba. Ele reinou por quarenta anos, de 970 a 930 aC, assumindo o trono quando tinha cerca de vinte anos de idade.
Sem dúvida influenciado pelos Salmos escritos por seu pai, Salomão nos deixou mais livros do que qualquer outro escritor do AT, excetuando-se Moisés. Parece provável que Cantares de Salomão tenha sido escrito quando ele era um jovem romântico; Provérbios, quando estava mais maduro e no auge de seu poder; Eclesiastes, quando já estava mais idoso, mais inclinado a conclusões filosóficas— e talvez mais cínico. Se poder não se mostrava em campos de batalha, mas no domínio da mente: meditação, planejamento, negociação e organização.
A reputação de Salomão para a sabedoria provém não apenas de seus resultados práticos, como no caso da disputa de um bebê (1Rs 3.16-27), mas também de declarações diretas das Escrituras. Em 1Rs 3.12 Deus diz: “Eis que te dei um coração tão sábio e entendido, que antes de ti teu igual não houve, e depois de ti teu igual se não levantará.” Em 1Rs 4.31 ele é considerado “mais sábio do que todos os homens”, seguindo um citação de vários nomes de homens sábios para comparação.
A respeito de Agur e do rei Lemuel (301; 31.1) nada se sabe, exceto que, pelos seus nomes, não são israelitas. A sabedoria é universal, não nacional.

Data
Uma vez que o Livro de Pv é uma compilação, sua composição estendeu-se por um longo período, com a obra principal datada de cerca de 950 aC. Os caps. 25-29 são identificados como transcritos pelos “homens de Ezequias”, o que situa a cópia em cerca de 720 aC, embora o material em si fosse de Salomão, talvez retirado de um documento separado encontrado no tempo de Ezequias.

Conteúdo
Sob a liderança de Salomão, Israel alcançou sua maior extensão geográfica e desfrutou da menor violência de todos o período monárquico. “Pacifico”, o significado de seu nome, descreve o reinado de Salomão. E paz, com sabedoria, trouxe prosperidade sem precedentes para a nação, o que se tornou motivo de respeito e admiração para o rainha de Sabá (1Rs 10.6-9) e pra outros governantes da época. Palavras sábias, como música ou outras formas de arte, tendiam a florescer em tal época, e então durar pelas gerações seguintes.
O livro de Pv não é apenas uma coleção de provérbios, mas uma coleção de coleções. Seu pensamento ou tema unificador é: “O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria” (9.10), aparecendo de outra maneira como: “O temor do SENHOR é o principio (ou parte principal) da ciência” (1.7). Dentre a diversidade de exemplos, algumas verdades se repetem:
A sabedoria (a habilidade de julgar e agir conforme as orientações de Deus) é o mais valioso dos bens.

A Sabedoria está disponível para qualquer um, mas o preço é alto.

A Sabedoria tem sua origem em Deus, não na própria pessoa e vem por meio da atenção à instrução.

A Sabedoria e a justiça andam juntas. É bom ser sábio, e é sábio ser bom.

O homem mau sofre as conseqüências de seus atos maus.

O ingênuo, o tolo, o preguiçoso, o ignorante, o orgulhoso, o libertino e o pecador nunca devem ser admirados.
Muitos contrastes se repetem ao longo do livro. A antítese ajuda a clarear o sentido de muitas palavras-chaves. Entre várias ideias que são colocadas em contraste estão:
Sabedoria em oposição a Loucura

Justiça em oposição a Impiedade

Bem em oposição ao Mal

Vida em oposição a Morte

Prosperidade em oposição a Pobreza

Honra em oposição a Desonra

Permanente em oposição a Transitório

Verdade em oposição a Falsidade

Ação em oposição a Preguiça

Amigo em oposição a Inimigo

Prudência em oposição a Precipitação

Fidelidade em oposição a Adultério

Paz em oposição a Violência

Boa Vontade em oposição a Ira

Deus em oposição ao Homem

O Espírito Santo em Ação
O ES não é mencionado diretamente no Livro de Pv. Mas a sabedoria se refere ao seu espírito (1.23), que é, sem dúvida, o ES. De fato, um ponto principal do livro é que a sabedoria sem Deus é impossível; assim, nesse sentido, seu espírito tem destaque em toda parte. No entanto, a palavra predominante traduzida por “espírito” no livro tem quase sempre o sentido de “atitude” ou “comportamento”, nunca implicando uma personalidade.
Em nosso época, um tempo de ação especial do ES, é o Espírito que nos ajuda a garimpar as riquezas de Pv, mais do que Pv nos ajuda a entender o Espírito. Foi dito a respeito do AT e do NT. “O Novo está encoberto no Antigo; o Antigo está revelado no Novo”.
No caso do Livro de Pv, o Espírito Santo no NT demonstra como a sabedoria do Livro (que vem apenas através da justiça) é colocada em prática.
Esboço de Provérbios

I. Introdução 1.1-7


Título, propósito e introdução 1.1-6
Tema ou lema 1.7


II. Avisos de um pai e advertências da Sabedoria 1.8-8.36


Avisos de um pai, parte um 1.8-19
Advertências da Sabedoria, parte um 1.20-33
Avisos de um pai, parte dois 2.1-7.27
Advertências da Sabedoria, parte dois 8.1-36


III. O caminho da Sabedoria em oposição ao caminho da Loucura 9.1-18
IV. Provérbios de Salomão e palavras do sábio 10.1-29.27


Provérbios de Salomão— primeira coleção 10.1-22.16
Palavras do sábio— primeira coleção 22.17-24.22
Palavras do sábio— segunda coleção (pelos homens de Ezequias) 25.1-29.27


V. Provérbios de Agur 30.1-33


A vida de moderação temente a Deus 30.1-14
As maravilhas da vida observadas sobre a terra 30.15-31
A insensatez do orgulho e da ira 30.32,33



VI. Provérbio do rei Lemuel 31.1-31
Conselhos de uma mãe para um filho nobre 31.1-9
Um poema acróstico sobre a esposa perfeita 31.10-31

Fonte: Bíblia Plenitude

Salmos

Autor
O Livro de Salmos é uma compilação de diversas coleções antigas de cânticos e poesias próprias para o uso tanto no culto congregacional quanto para a devoção particular. Em algumas coleções, os compiladores antigos reuniram a maior parte dos maravilhosos cânticos de Davi. Em outras, eles coletaram salmos de uma variedade de autores, como Moisés, Asafe, Hemã, os filhos de Corá, Salomão, Etã e Jedutum. Muitos são de fonte desconhecida. Os estudiosos judeus os chamam de “salmos órfãos”.
Data
O salmos, considerados individualmente, podem ter sido escritos em datas que vão desde o êxodo até a restauração depois do exílio babilônico. Mas as coleções menores parecem haver sido reunidas em períodos específicos da história de Israel: o reinado do rei Davi (1Cr 23.5); o governo de Ezequias (2Cr 29.30); e durante a liderança de Esdras e Neemias (Ne 12.24). Esse processo de compilação ajuda a explicar a duplicação de alguns salmos. Por exemplo 14 é similar ao 53.
O Livro dos Salmos foi editado em sua forma atual, embora com diversas variações, na época em que a Septuaginta Grega foi traduzida do hebraico, alguns séculos antes do advento de Cristo.
Os texto Ugaríticos, quando contrastados com os recentes escritos do mar Morto, mostram que as imagens, o estilo e o paralelismo de alguns salmos refletem um vocabulário e estilo cananeus muito antigos. Assim, o Livro dos Salmos reflete o culto, a vida devocional e o sentimento religioso de cerca de mil anos da história de Israel.
Conteúdo
O título hebraico deste livro, Sepher Tehillim, significa “Livro de Louvores”. Os títulos gregos, Psalmoi ou Psalterion, denotam um poema que deve ser acompanhado por um instrumento de cordas. Entretanto, o Saltério contém mais do que cânticos para o templo e hinos de louvor. Ele inclui elegias, lamentações, orações pessoais e patrióticas, petições, meditações, instruções, antífonas histporicas e tributos em acrósticos sobre temas nobres.
Em sua forma final no cânon das Escrituras, o Livro dos Salmos é subdividido em cinco livros menores. Cada livro é uma compilação de diversas coleções antigas de cânticos e poemas. Uma doxologia apropriada foi colocada pelos editores no final de cada livro. No livro I (Sl 1-41), a maioria dos cânticos são atribuídos a Davi. O Livro II (Sl 42-72) é uma coleção de cânticos por, de, ou para os filhos de Corá, Asafe, Davi e Salomão; nessa coleção, quatro escritos permanecem anônimos. O Livro III (Sl 73-89) é marcado por uma grande coleção de cânticos de Asafe. Asafe foi o chefe dos cantores do rei Davi (1Cr 16.4-7). Embora a maioria dos salmos no Livro IV (Sl 90-106) não tenha os seus autores citados, Moisés, Davi e Salomão colaboraram também. No Livro V (Sl 107-150) registram-se vários cânticos de Davi. A série de cânticos chamada de Hallel Egípcio (Sl 113-118) também está no Livro V. Os cânticos finais nesse livro (Sl 146-150) são conhecidos como o “Grande Hallel”. Cada cântico começa e termina com a exclamação hebraica de louvor, “Hallelujah!”.
Títulos informativos são encontrados no começo de muitos dos salmos. A preposição hebraica usada em muitos títulos pode ser traduzida de três maneiras: “a”,”para”, e “de”. Ou seja, “dedicado a”, “para o uso de” e “pertecente a”. Todos os títulos que descrevem a situação histórica do salmo tratam da vida de Davi. Os salmos 7, 34, 52, 54, 56, 57, 59 e 142 referem-se aos eventos ocorridos durante o problemático relacionamento de Davi com Saul; o salmos 3, 18, 51, 60 e 63 cobrem o período em que Davi reinou sobre Judá e Israel.
Outros títulos precedentes aos salmos referem-se aos instrumentos usados no acompanhamento; à melodia ou música apropriada; que parte do coral deve guiar (por exemplo, soprano, tenor, baixo); ou que tipo de salmo é (por exemplo: meditação, oração). Alguns dos significados destas anotações musicais e litúrgicas são hoje desconhecidas.
Poesia Hebraica. Em lugar de rima de sons, a poesia e o cântico hebraicos são marcados pelo paralelismo, ou rima de idéias. A maioria dos paralelismo são dísticos que expressam pensamentos sinônimos em cada linha (36.5). Outros são antíteses, em que a segunda linha expressa a negativa da linha precedente (20.8). Também há dísticos construtivos ou sintéticos, os quais tendem a adicionar ou a fortalecer um pensamento (19.8,9). Alguns poucos paralelismos são causais, apresentando a justificativa da primeira linha (31.21). Às vezes, o paralelismo envolve três linhas (1.1), quatro (33.2,3) ou mais linhas.
O Espírito Santo em Ação
O livro dos Salmos e os princípios de culto que eles refletem atendem à alma do homem e ao coração de Deus, pois são produto da obra do ES. Davi, o principal colaborador do livro dos Salmos, foi ungido pelo ES (1Sm 16.13). Essa unção não foi apenas pra o reinado, mas para o oficio de profeta (At 2.30); e as suas afirmações proféticas foram feitas pelo poder do ES (Lc 24.44; At 1.16). Na verdade, as letras desses cânticos foram compostas por inspiração do Espírito (2Sm 23.1,2), como também os planos de escolher maestros e corais com orquestras de acompanhamentos (1Cr 28.12,13).
Portanto, os Salmos são únicos e imensamente diferente das obras de compositores seculares. Ambas podem refletir a profundidade da agonia experimenta pelo espírito humano atormentado, com toda a sua comoção, e expressar a alegria extasiante da alma libertada, mas apenas os Salmos chegam a um plano superior através da unção criativa do ES.
Relatos específicos mostram que o ES opera criando vida (104.30); que acompanha fielmente os crentes (139.7); que guia e instrui (143.10); que sustém o penitente (51.11-12); e que interage com o rebelde (106.33).
Esboço de Salmos
I. Livro I 1.1-41.13
Cânticos introdutórios 1.1-2.12
Cânticos de Davi 3.1-41.12
Doxologia 41.13

II. Livro II 42.1-72.20
Cânticos dos filhos de Corá 42.1-49.20
Cânticos de Asafe 50.1-23
Cânticos de Davi 51.1-71.24
Cânticos de Salomão 72.1-17
Doxologia 72.18,19
Versículo de conclusão 72.20

III. Livro III 73.1-89.52
Cânticos de Asafe 73.1-83.18
Cânticos dos filhos de Corá 84.1-85.13
Cânticos de Davi 86.1-17
Cânticos dos filhos de Corá 87.1-88.18
Cânticos de Etã 89.1-51
Doxologia 89.52

IV. Livro IV 90.1-106.48
Cânticos de Moisés 90.1-17
Cânticos anônimos 91.1-92.15
Cânticos “O Senhor Reina” 93.1-100.5
Cânticos de Davi 101.1-8; 103.1-22
Cânticos anônimos 102.1-28; 104.1-106.47
Doxologia 106.48

V. Livro V 107.1-150.6
Cânticos de ação de graças 107.1-43
Cânticos de Davi 108.1-110.7
Hallel Egípcio 111.1-118.29
Cânticos Alfabético sobre a lei 119.1-176
Cânticos dos degraus 120.1-134.3
Cânticos anônimos 135.1-137.9
Cânticos de Davi 138.1-145.21
Cânticos “Louvai ao Senhor” 146.1-149.9
Doxologia 150.1-6
Fonte: Bíblia Plenitude

Felipe Valadão propõe castidade aos jovens

 
 
O pastor e cantor Felippe Valadão, marido da também cantora Mariana Valadão, através do twitter, quer que jovens casem virgens.

Na última quarta-feira, 1º de dezembro, o pastor e cantor Felippe Valadão, marido da também cantora Mariana Valadão, lançou uma nova campanha em seu Twitter. Ele desafiou os jovens a se manterem virgens até o dia de seus casamentos.

A idéia começou porque Felippe ficou perplexo com os resultados dos números que a Aids alcança, divulgados no dia mundial de luta contra a doença. 'No Brasil são 630 mil pessoas infectadas com o vírus da Aids, estou de cara, é muita gente!!! Atenção molecada, acorda!!!', escreveu no microblog.

Com diálogo direcionado aos jovens, ele propõe a campanha da virgindade até o casamento. 'Vamos levantar uma nova campanha #EuVouCasarVirgem! Tem coragem? Vamos bombar então! #EuVouCasarVirgem'.

A campanha não é uma novidade. Muitas celebridades da música, da televisão e do esporte já levantaram essa bandeira. O jogador de futebol Kaká, sempre alvo dos olhares críticos da imprensa e da população, foi notícia em vários jornais e revistas quando declarou ter se casado virgem.

Em sua proposta, Felippe conta sua história e se propõe a ajudar. 'Eu casei virgem, foi muito difícil, mas nunca tive vergonha. Eu sabia que Deus iria me honrar, hoje tenho um casamento maravilhoso. Se você precisa de alguém para te apoiar, eu e a Mariana Valdão casamos virgens e estamos aqui como exemplo, Deus também vai te honrar, creia!'

Aos que já não são mais virgens, o pastor fala sobre consagração e afirma que nunca é tarde para fazer um novo começo e alerta: 'Não ceda a pressão da sociedade, muito menos do seu namorado (a). É melhor terminar o namoro.'

Fonte: Creio

Curiosidades Bíblicas

Quem, pela oração, teve sua vida aumentada por 15 anos?

    Rei Ezequias. II Reis 20-1,2,3,4,5,6.

Quem recebeu uma ordem de Deus de usar uma balança para fazer um penteado?

    Filho do homem, isto é, Ezequiel. Ezequiel 5-1.

Quem recebeu a visita de um anjo quando debulhava trigo?

    Ornã. I Crônicas 21-20.


Quem queimou uma víbora viva?

    Paulo. Atos 28:3,5.


Quem profetizou que a luz da lua seria tão brilhante quanto a do sol?

    Isaias 30:26


Quem perdeu o sono por causa de um jejum?

    Rei Dario. Daniel 6:18.


Quem perdeu a vida por ter tocado na arca de Deus?

    Uzá. I Crônicas 13:9-10.


Quem morreu pelo instrumento que pretendia matar seu inimigo?

    Hamã. Ester 7:10.


Quem morreu de dor de cabeça?

    O filho da mulher de Suném. II Reis 4:17-20.

Quem matou um gigante que tinha 6 dedos em cada mão e em cada pé?

    Jônatas, irmão de Davi. II Samuel 21-20,21.


Quem matou o irmão quando o beijava?

    Joabe. II Samuel 20-9,10.

Quem ganhou um reino quando procurava as jumentas do seu pai?

    Saul. I Samuel 9-2,3,17.

Quem foi sepultado por Deus em um vale?

    Moisés. Deuteronômio 34-5,6.


Quem foi professor do apóstolo Paulo?

    Gamaliel. Atos 22:3.

Quem foi o primeiro dizimista?

    Abrão para Melquisedeque em Gênesis 14:20

Quem foi o primeiro bígamo citado na Bíblia e quais eram os nomes das esposas?

    Lameque. Ada e Zilá. Gênesis 4-19.

Quem foi o pai dos que habitam em tendas e possuem gado?

    Jabal. Gênesis 4:20.

Quem foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta?

    Jubal. Gênesis 4:21.


Quem foi o 1º homem, citado na Bíblia, que se enforcou?

    Aitofel. II Samuel 17-23.
    Um moço amalequita. II Samuel 1-1 a 16.




Fonte: http://www.gospel10.com/biblia-online/curiosidades

Ateus lançam campanha; “Bom Sem Deus”, cristãos rebatem “Eu ainda te amo Deus”

Ateus lançam campanha; “Bom Sem Deus”, cristãos rebatem “Eu ainda te amo Deus”

Uma semana depois que os ateus lançaram os seus anúncios “Bom Sem Deus” de ônibus em Fort Worth, um caminhão de outdoor móvel azul apareceu na cidade declarando uma mensagem totalmente diferente.

“Eu ainda te amo. – Deus,” diz o outdoor. Em um tamanho de fonte menor, o anúncio também afirma, “2,1 bilhões de pessoas são boas com Deus.”

O caminhão azul foi patrocinado por um grupo anônimo de indivíduos, segundo Heath Hill, presidente do Lime Media, que possui uma frota de caminhões outdoor móveis.

“Estes são donos de empresas e indivíduos que realmente só querem que os ateus saibam que Deus não desiste deles e ainda os ama,” disse Hill ao Fox 4 News.

O anúncio do caminhão é em resposta à campanha publicitária Dallas-Fort Worth Coalition of Reason, lançado na semana passada. Os anúncios, rebocados nas laterais dos ônibus “T” do Fort Worth, declaram: “Milhões de americanos são bons sem Deus.” O plano de fundo dos anúncios é uma imagem de uma bandeira americana composta pelos rostos dos ateus atuais e as pessoas agnósticas.

A coalizão disse que a campanha visa trazer sensibilização sobre as pessoas que não acreditam em Deus e guiar àqueles interessados para os grupos não-teístas da área 15 que compõem a coligação DFW.

O grupo de ateus também tinha planejado colocar os anúncios em ônibus de Dallas, mas a Dallas Area Rapid Transit rejeitou a campanha.

“Eles optaram por interromper a execução de todos os anúncios relacionados à religião incluir em vez de a nossa,” disse o coordenador da coalizão DFW Terry McDonald em um comunicado.

Ainda, anúncios similares foram aparecendo em várias cidades do país como parte de um esforço nacional “pela United Coalition of Reason.

McDonald disse que eles não estão apenas tentando alcançar os americanos de espírito, mas também enviando uma mensagem às pessoas religiosas.

“Queremos que as pessoas entendam que os não-crentes são basicamente o mesmo que todos os outros,” disse ele. “Somos tão bons, tão morais, como qualquer outro grupo. Se você prestar atenção, vai encontrar-nos entre os seus amigos, vizinhos, colegas e familiares. Existem cerca de 50 milhões de pessoas não-religiosas nos Estados Unidos. É tempo de sermos reconhecidos e recebermos o nosso legítimo lugar na sociedade.”

A Coligação DFW da Razão começou publicidade no ano passado, com outdoors informando o público secular que eles não estão sozinhos em sua incredulidade.

Enquanto o grupo ateu tenta espalhar esta mensagem nesta temporada de férias de DST, o grupo anônimo atrás do caminhão azul está proclamando mensagem pró-cristã, de perto. O caminhão azul foi contratado para tapar um ônibus “T” da Fort Worth Transporte carregando o anúncio ateu, começando na segunda.

Fonte: Gospel Prime

Casal americano vai a julgamento por preferir orar a levar filho doente ao médico

Casal americano vai a julgamento por preferir orar a levar filho doente ao médico

Os advogados de defesa do casal alegam que eles pertencem a uma igreja que endossa a cura pela fé.

Um casal de americanos enfrenta julgamento por homicídio involuntário depois que seu filho de dois anos morreu de pneumonia. Herbert e Catherine Schaible preferiram orar em vez de levar Kent a um médico, resultando na morte do menino.

Os advogados de defesa alegam que os Schaibles estão sendo processados por serem cristão fundamentalistas e pertencer a uma igreja que endossa a cura pela fé.

Eles alegam que os promotores não podem provar que a mãe sabia que Kent enfrentava risco de morte quando ficou doente, em janeiro de 2009.

O menino morreu dez dias depois de contrair pneumonia bacteriana. Os promotores dizem que uma visita ao médico poderia ter salvado sua vida.

O julgamento começou nesta terça-feira na corte de Filadélfia.

Outro caso

Em outubro de 2009, um outro casal americano foi condenado por ter orado pela filha doente em vez de levá-la ao médico. Dale e Leilani Neumann foram sentenciados a dez anos de liberdade condicional e também terão que passar um mês na prisão a cada ano, até 2014.

A filha deles, Madeline, de 11 anos, morreu em março de 2008, vítima de diabetes, em sua casa na zona rural do Estado de Wisconsin, cercada de pessoas que oravam por sua recuperação.

No julgamento, o pai, de 47 anos, disse que acreditava que Deus poderia curar sua filha. Neumann, que chegou a estudar para ser ministro pentecostal, disse ao júri que, caso chamasse ajuda médica para a filha, “estaria colocando o médico à frente de Deus“.

O juiz do caso afirmou que os Neumann são “pessoas boas que tomaram uma decisão errada“.

Fonte: Folha Gospel
http://www.gospel10.com/noticias/noticia--casal-americano-vai-a-julgamento-por-preferir-orar-a-levar-filho-doente-ao-medico--1122

‘Alguns choravam’, diz pastor que negociou rendição de traficantes

‘Alguns choravam’, diz pastor que negociou rendição de traficantes

Na véspera da invasão da polícia ao Complexo do Alemão, um grupo de cinco pessoas da ONG AfroReggae decidiu subir o conjunto de 14 favelas na Penha, zona norte do Rio de Janeiro, e tentar convencer os traficantes a se entregarem. Liderados pelo diretor-executivo da organização, José Junior, eles argumentaram que a polícia venceria um possível confronto e que inocentes seriam as maiores vítimas. Ao lado de Junior estava um dos coordenadores da área social da entidade, Rogério Menezes, respeitado por traficantes, viciados e detentos do sistema penitenciário do Estado.

Evangelizador da Assembleia de Deus, Rogério é chamado de pastor. Em meio à negociação com os criminosos, no sábado (27), José Junior recorria ao Twitter para mandar informações em tempo real. “Pastor Rogério é o cara que mais salvou vidas que eu conheço. Muitas, inclusive, na Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão. Homem de Deus“, escreveu o líder do AfroReggae na ocasião.

Ex-viciado, pastor Rogério admite que já traficou drogas, pegou em armas e cometeu crimes. Foi preso. Sobreviveu a duas overdoses de cocaína, até receber um “sinal“ e “ser salvo por Jesus”. Hoje, ele diz que sua vida pregressa o permite compreender o que passa pela cabeça de criminosos e apresentar argumentos para tirar muitos da marginalidade. “Já salvei uns 300 que estavam amarrados para morrer”, garante.

Sobre a ação de retomada do Complexo do Alemão pelo Estado, o pastor diz acreditar “que a intenção foi uma das melhores”. Segundo ele, “o governador tem feito um trabalho muito bom”. Contudo, o religioso defende que somente uma anistia aos traficantes será capaz de pôr fim à ameaça de guerra no Rio. “Proponho que essa decisão seja avaliada pelo governo, pelos parlamentares e pela Justiça.”

A seguir, leia mais sobre o que pensa o pastor.


iG: Às vésperas da polícia invadir a favela, no sábado (27), o senhor e o José Junior entraram no Complexo do Alemão para conversar com os traficantes. Na sua avaliação, esse gesto ajudou a evitar derramamento de sangue?

Rogério Menezes: Sim. Eu e o José Junior estávamos todo o tempo juntos. Ele virava para mim e falava “pô, Rogério, o que a gente pode fazer para ajudar?”. Eu respondia: “Junior, eu sei que é perigoso e arriscado, mas imagina se a polícia entrar? Vai morrer muita gente. Temos de ir lá”. Expliquei que o máximo que poderia acontecer era a gente ser tomado como refém. Falei: “Deus está nos mandando ir”.

iG: O que o senhor pensava naquele momento?

Rogério Menezes - Pelas informações divulgadas pelas autoridades, havia ali mais de mil pessoas com algum envolvimento com o crime. Se houvesse confronto, eles iriam enfrentar, como foi noticiado, 2.600 policiais civis, militares, homens do Exército e da Marinha. Sem contar os inocentes, os jornalistas, imagina o derramamento de sangue que poderia existir... Eu só pensava nisso.

iG: Como vocês chegaram até os traficantes?

Rogério Menezes: Entramos na favela e perguntamos onde eles estavam. Nos orientaram a chegar até a parte mais alta. Encontramos um grupo de cerca de 60 homens, os mais perigosos. Conversamos olho no olho.

iG: E como foi a conversa?

Rogério Menezes: Eles vieram até a gente. Estavam cansados, sem forças até para falar. Nós argumentamos que não dava para eles encararem. E muitos diziam “pastor, me ajuda. Pelo amor de Deus. O que o senhor pode fazer por mim?” O José Junior respondeu que não havia nada que a gente pudesse fazer e que o melhor seria se renderem à polícia; que a única garantia que a gente podia dar era a de que ninguém seria assassinado se aceitasse a rendição.

iG: E eles estavam inclinados a aceitar a proposta?

Rogério Menezes: Um dos chefões virou para mim e falou: “Pastor, o senhor me conhece. Sabe que a minha vida todinha eu tirei dentro da cadeia. O senhor quer que eu volte?” Respondi: “Rapaz, é melhor você se entregar do que ser morto. Você tem uma vida, tem família. Pensa muito bem no que você vai fazer.”

iG: E qual foi a reação?

Rogério Menezes: Muitos deles estavam desesperados, amedrontados. Alguns tremiam, estavam com os olhos arregalados. Outros olhavam para a gente como se fôssemos uma saída, um porto seguro. E a gente foi tentando acalmá-los. Mas eles diziam que era complicado se entregar. Em determinadas facções, se entregar é complicado. Eu sei disso. Hoje sou pastor, mas já fui do crime. Entendo a posição deles. Mas é aquele negócio, para o homem é impossível, mas para Deus tudo é possível.

iG: Quer dizer que alguns queriam se render, mas tinham medo de ser assassinados na cadeia por retaliação da facção criminosa a que pertencem?

Rogério Menezes: É por aí. Cada caso é um caso. Depois dessa conversa que tivemos com eles, 37 se entregaram. Um se apresentou na delegacia com a mãe, a imprensa acompanhou. É o Mister M. Teve um pai que foi entregar o filho por acreditar que isso era melhor do que vê-lo morto pelo Bope. Acredito que eles não viam saída. Eu e o José Junior os motivamos a não irem para o confronto. Ninguém imaginava que o Alemão poderia ser ocupado da forma como foi. O maior mérito foi de Deus. Mas há também o mérito do AfroReggae, do José Junior, que foi muito corajoso.

iG: Qual foi o diálogo com os traficantes que mais marcou o senhor?

Rogério Menezes: Vi homens de alta periculosidade me chamarem no canto e se abrirem para mim e para o José Junior. Teve gente que chorou na nossa frente. Não de medo. Chorou porque não queria o confronto, porque tinha família. Ele estava se sentindo traído por amigos que o deixaram na mão. Foi o momento que mais me compadeceu. Eu ficaria o tempo todo ao lado daquelas pessoas, ainda que a polícia entrasse.

iG: Nesse grupo havia chefes do tráfico?

Rogério Menezes: Positivo. Mas não vou falar disso em detalhes. Meu trabalho é religioso e eles confiam em mim. Quero apenas afirmar que eles não queriam guerra.

iG: Quem falou mais, os senhores ou os traficantes?

Rogério Menezes: Eles ficaram mais tempo calados. Queriam ouvir a gente, queriam uma luz. Eles não estavam conversando com traficantes, mas com pessoas que simbolizavam a paz, a vida. Tem pessoas ali que me conhecem desde 1993, quando comecei a pregar. Muitos eu vi ir para a cadeia, sair da cadeia, visitei na favela. Havia homens com armas nas mãos, mas os que conversavam com a gente não estavam armados. Em momento algum eles diziam que iriam meter bala ou que optariam pelo confronto. Isso eu não vi.

iG: O senhor diz que muitos traficantes não querem se render porque temem retaliações de colegas de facção dentro da cadeia; outros que já ficaram muito tempo presos e não aceitam voltar. A polícia afirma que vai permanecer na favela até realizar as prisões e recuperar as armas. O senhor defende alguma proposta para que não aconteçam novos conflitos?

Rogério Menezes: Sou a favor da anistia. Converso muito com traficantes e com viciados, visito muita boca de fumo. Eu evangelizo muito. Faço um trabalho de Deus, um trabalho do bem, espiritual. Já tirei muitos dessa vida e encaminhei para um emprego. E já vi caso também de pessoas que largaram o crime, se mudaram para outro estado, mas não conseguiram emprego porque devem à Justiça. Tiveram de voltar e retornar para o crime, tinham família. Mas eles me diziam “pastor, o senhor viu que tentei. Voltei para o tráfico, mas não bebo, não me drogo mais, nem a baile funk eu vou. Vai acabar meu plantão na boca e vou para casa ficar com meus filhos”.

iG: O senhor não acha difícil propor para a sociedade que essas pessoas sejam anistiadas sem pagar pelos crimes que cometeram?

Rogério Menezes: É muito difícil responder sobre isso. Como religioso, acho que o culpado disso tudo são as forças espirituais do mal. Vou dar um testemunho da minha vida. Eu trabalhava, ganhava bem, três salários mínimos. Não era de uma vida errada. Mas em um determinado momento me senti sem chão. Tudo começou quando perdi meu pai. Minha mãe arrumou outro homem logo em seguida e eu não aceitei. Ela então me expulsou de casa. Eu tinha 16 anos. Bateu uma depressão tão grande, que perdi meu emprego, não conseguia trabalhar. Era morador da Baixada Fluminense, morava numa comunidade carente, conhecia bandido, conhecia traficante, mas eu era trabalhador. Nem todo mundo que mora dentro de uma comunidade é bandido. Minha família me deu estudo, o melhor que pôde dar. Mas eu caí na vida do crime, me entreguei à bebida, às drogas, fui preso. Houve momentos em que me vi sentado, chorando, querendo sair dessa. Eu despertei, procurei uma casa de recuperação. Tive apoio.

iG: Apesar da visão religiosa do senhor, a anistia não é uma proposta polêmica?

Rogério Menezes: Cada caso é um caso. Proponho que essa decisão seja avaliada pelo governo, pelos parlamentares, pela Justiça. Caso a caso, insisto. Mas, particularmente, eu acredito que num universo com 100% de criminosos, se você oferecer uma oportunidade pelo menos 40% aceitam largar essa vida. É preciso considerar que muitos temem por suas famílias. Se forem presos, quem vai sustentar suas mulheres, seus filhos? Tem que haver um projeto social também.

iG: Muitos bandidos fugiram e a polícia diz que vai capturá-los. O senhor acredita que esses traficantes vão voltar para o Complexo do Alemão futuramente? Ainda pode haver enfrentamento?

Rogério Menezes: Acredito que muitos homens que estavam ali no meio, inclusive os que fugiram, não têm antecedentes criminais. Às vezes até segura uma arma, mas é só um viciado. A polícia tem feito seu trabalho. E cabe à polícia e ao governo continuarem a fazer o seu trabalho. Contudo, também acredito que aquilo ali foi a mão de Deus a fim de despertar esses jovens. Acredito que muitos vão analisar e ver que não vale a pena se envolver com o crime. É a resposta que posso dar para essa pergunta.


iG: O senhor está certo da recuperação dessas pessoas?

Rogério Menezes: Vou dar um exemplo. Trabalha com a gente lá no AfroReggae o Gaúcho. Durante muitos anos ele foi o chefe do Alemão, era um dos mais temidos na área. Ele tirou 28 anos de cadeia e hoje está aí, fora do crime, trabalhando com carteira assinada. Isso é a prova de que enquanto há vida, há esperança. O Bem-te-vi, aquele que morreu na Rocinha, ele vivia me dizendo que queria sair do crime. Eu ia para lá pregar umas sete da noite e ele não me deixava ir embora antes das três, quatro horas da manhã. Ele tinha o prazer de estar do meu lado. Muitas vezes o vi chorar. Ele me dizia “pastor, me ajuda. Quero sair dessa vida, mas não tenho forças. A sociedade me marginaliza, não acredita em mim”. Eu dizia, “rapaz, o mais importante é Deus estar olhando para você. Deus tem um plano para sua vida. Você não pode se entregar à criminalidade”.

iG: Por que evangélicos são tão respeitados pelos criminosos?

Rogério Menezes: No sábado, na hora em que a polícia se posicionou para invadir o Complexo do Alemão, tinha um pastor na entrada da favela de terno e com a Bíblia na mão. Estava ele e a mulher dele. Aliás, havia mais de um, eram muitos. Eles ficaram entre os militares da polícia, do Exército e da Marinha, e os jovens. E eles procuravam esses jovens e diziam para que saíssem dessa vida. Ofereciam apoio: “quer se entregar comigo?”, perguntavam. No momento mais difícil, havendo risco de vida, eles estavam ali. E tem os testemunhos daqueles que saíram do crime e hoje estão aí, vivendo com dignidade. Isso mostra para eles que é possível.



Fonte: Último Segundo