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A BÍBLIA EM PORTUGUÊS

DOM DINIZ


 “Venturoso, ou “bem-aventurado”. A despeito de este titulo ter sido atribuído a D. Manuel como principal incentivador das grandes navegações, mais bem-aventurado que este rei português foi um de seus antecessores, D. Diniz (1279-1325), por ter sido a primeira pessoa a traduzir para a língua portuguesa o texto bíblico, tornando assim possível a futura grande navegação dos leitores de língua portuguesa pelo imenso mar da Palavra de Deus.

Grande conhecedor do latim clássico, e leitor da versão da Bíblia, a Vulgata Latina, D. Diniz resolveu enriquecer o português traduzindo as Sagradas Escrituras para o nosso idioma, tomando como base a Vulgata Latina. Embora lhe faltasse perseverança e por isso só tenha conseguido traduzir os vinte primeiros capítulos do livro de Gênesis, esse seu esforço o colocou numa posição historicamente anterior a alguns dos primeiros tradutores da Bíblia para outros idiomas, como João Wycliff, por exemplo, que só em 1380 traduziu as Escrituras para o inglês.

Fernão Lopes, disse em seu curioso estilo de cronista do século XV, que D. João I (1385-1433), um dos sucessores de D. Diniz no trono português, “fez grandes letrados tirar em linguagem os Evangelhos, os Atos dos Apóstolos e as Epístolas de Paulo, para que aqueles que os ouvissem fossem mais devotos acerca da lei de Deus” (Crônica de D. João I, 2ª parte). Esses “grandes letrados” eram vários padres que também se utilizaram da Vulgata Latina em seu trabalho de tradução.

Enquanto esses padres trabalhavam, D. João I, também conhecedor do latim, traduziu o livro de Salmos, que foi reunido aos livros do Novo Testamento, traduzidos pelos padres. Seu sucessor, D. João II, outro grande apoiador das traduções do texto bíblico, mandou gravar no seu cetro a parte final do versículo 31 de Romanos 8: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”, atestando assim o quanto os soberanos portugueses reverenciavam a Bíblia.

Como nessa época a imprensa ainda não havia sido inventada, os livros eram produzidos em forma manuscrita, fazendo-se uso de folhas de pergaminho. Isso tornava sua circulação extremamente reduzida. Por ser um trabalho lento e caro era necessário que ou a Igreja Romana ou alguém muito rico assumisse os custos do projeto. Ninguém mais indicado que os nobres e os reis.

Outras figuras da monarquia de Portugal também realizaram traduções parciais da Bíblia. A neta do rei D. João I e filha do Infante D. Pedro, a Infanta D. Filipa, traduziu do francês os Evangelhos. No século XV surgiram publicados em Lisboa o Evangelho de Mateus e porções dos demais Evangelhos, um trabalho realizado pelo frei Bernardo de Alcobaça, que pertenceu a grande escola de tradutores portugueses da Real Abadia de Alcobaça. Ele baseou suas traduções na Vulgata Latina.

A Primeira Harmonia dos Evangelhos em língua portuguesa, preparada em 1495 pelo cronista Valentim Fernandes, e intitulada da Vita Christi, teve os seus custos de publicação pagos pela rainha Dona Leonora, esposa de D. João II. Cinco anos após o descobrimento do Brasil, D. Leonora, mandou também imprimir o livro de Atos dos Apóstolos e as epístolas universais de Tiago, Pedro, João e Judas, que haviam sido traduzidos do latim vários anos antes por frei Bernardo de Brinega.

Em 1556 foi publicado em Lisboa uma gramática hebraica para estudantes portugueses. Ela trazia em português como texto básico o livro de Obadias.

A TRADUÇÃO DE JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA
Coube a João Ferreira de Almeida a grandiosa tarefa de traduzir pela primeira vez para o português o Antigo e o Novo Testamento. Nascido em 1628, em Torre de Tavares, nas proximidades de Lisboa, João, quando tinha 12 anos de idade, mudou-se para o sudoeste da Ásia. Após viver dois anos na Batávia (atual Jacarta), na ilha de Java, Indonésia, Almeida partiu para Málaca, na Malásia, e pela leitura de um folheto em espanhol acerca das diferenças da cristandade converteu-se do catolicismo a fé evangélica. No ano seguinte começou a pregar o evangelho no Ceilão (hoje Sri Lanka) e em muitos pontos da costa Malabar.

Não tinha 17 anos de idade quando iniciou o trabalho de tradução da Bíblia para o português, mas lamentavelmente perdeu seu manuscrito e teve de reiniciar a tradução em 1648.

Por conhecer o hebraico e o grego, Almeida pôde utilizar-se de manuscritos dessas línguas. Utilizou em sua tradução o Textus Receptus, do grupo bizantino. Durante esse exaustivo e criterioso trabalho, ele também se serviu das traduções holandesas, francesas, italiana espanhola e da Vulgata Latina.

Em 1676, Almeida concluiu a tradução do Novo Testamento, e naquele mesmo ano remeteu o manuscrito para ser impresso na Batávia, mas o lento trabalho de revisão a que a tradução foi submetia levou João a retomá-la e enviá-la para ser impressa em Amsterdã, na Holanda. Finalmente em 1681 surgiu o primeiro Novo Testamento em Português, trazendo na primeira página os seguintes dizeres:

O Novo Testamento, isto é, Todos o Sacro Santos Livros e Escritos Evangélicos e Apostólicos do Novo Concerto de Nosso Fiel Salvador e Redentor Jesus Cristo, agora traduzido em português João Ferreira de Almeida, ministro pregador do Santo Evangelho. Com todas as licenças necessárias. Em Amsterdã, por viúva de J. V. Someren. Ano 1681”.

Milhares de erros foram detectados nesse Novo Testamento de Almeida, muitos deles produzidos pela comissão de eruditos que tentou harmonizar o texto em português com a tradução com a tradução holandesa de 1637. O próprio Almeida identificou mais de dois mil erros nessa tradução, e outro revisor, Ribeiros dos Santos, afirmou ter encontrado um número bem maior que dois mil erros.

Logo após a publicação do Novo Testamento, Almeida iniciou a tradução do Antigo Testamento, e ao falecer em 6 de agosto de 1691, havia traduzido até Ezequiel 41.21. Em 1748, o pastor Jacobus op den Akker, da Batávia, reiniciou o trabalho interrompido por Almeida, e cinco anos depois, em 1753 foi impressa a primeira Bíblia completa em português, em dois volumes. Estava, portanto, concluído o inestimável trabalho de tradução da Bíblia por João Ferreira de Almeida.

Apesar dos erros iniciais, ao longo dos anos estudiosos evangélicos têm depurado a obra de João Ferreira de Almeida, tornando-a a preferida dos leitores de língua portuguesa.
 
A TRADUÇÃO DE FIGUEIREDO
Nascido em 1725, em Tomar, nas proximidades de Lisboa, o padre Antonio Pereira de Figueiredo, partindo da Vulgata Latina, traduziu integralmente o Novo e o Antigo Testamento, gastando dezoito anos nessa laboriosa tarefa. A primeira edição do Novo Testamento saiu em 1778, em seis volumes. Quanto ao Antigo Testamento, os dezesseis volumes de sua primeira edição foram publicados de 1783 a 1790. Em 1819 veio a luz a Bíblia completa de Figueiredo, em sete volumes, e em 1821 ela foi publicada pela primeira vez em um volume único.

Figueiredo inclui em sua tradução os chamados livros apócrifos que o Concílio de Trento havia acrescentado aos livros canônicos em 8 de abril de 1546. Esse fato tem contribuído para que a sua Bíblia seja ainda hoje apreciada pelos católicos romanos nos países de fala portuguesa.

Na condição de exímio filólogo e latinista, Figueiredo pôde utilizar-se de um estilo sublime e grandiloqüente, e seu trabalho resultou em um verdadeiro monumento da prosa portuguesa. Porém, por não conhecer as línguas originais e ter-se baseado tão-somente na Vulgata Latina, sua tradução não tem suplantado a preferência popular pelo texto de Almeida.

OUTRAS TRADUÇÕES
Outras traduções em língua portuguesa, realizadas em Portugal, são dignas de menção:
- Os quatro Evangelhos, traduzidos em elegante português pelo padre jesuíta Luiz Brandão.
- No inicio do século XIX, o padre Antonio Ribeiro dos Santos, traduziu os Evangelhos de Mateus e Marcos.

É fundamental salientar que todas essas obras, exceção feita a tradução de Figueiredo, sofreram ao longo dos séculos, implacável perseguição da Igreja Romana, e de muitas delas só escaparem um ou dois exemplares, hoje raríssimos. A Igreja Romana também amaldiçoou a todos os que conservassem consigo essas “traduções da Bíblia em idioma vulgar”, conforme as denominavam.

Fonte: Bíblia Thompson
Módulo de Teologia da FTB

CONTRA-REFORMA, A REAÇÃO DA IGREJA ROMANA

Logo após haver-se iniciado o movimento da Reforma, um poderoso esforço foi também iniciado pela Igreja Católica Romana no sentido de recuperar o terreno perdido na Europa, e para destruir a fé protestante. Esse movimento foi chamado de Contra-Reforma.

Tentou-se fazer a Reforma dentro da própria Igreja, por via do Concílio de Trento, convocado em 1545 pelo papa Paulo III, principalmente com o objetivo de investigar os motivos e por fim aos abusos cometidos pela Igreja que provocaram a Reforma. O Concílio reuniu-se em datas diferentes e lugares diversos, porém a maioria das vezes em Trento, na Áustria, a 120 quilômetros ao norte de Veneza. O Concílio era composto de todos os bispos e abades da igreja, e durou quase vinte anos, durante os governos de quatro papas, de 1545 a 1563. Todos esperavam que a separação entre católicos e protestantes teria fim, e que a Igreja ficaria outra vez unida. Contudo, tal coisa não aconteceu. Fizeram-se, porém, muitas reformas na Igreja Católica Romana e as doutrinas foram definitivamente estabelecidas. Os próprios protestantes admitem que depois do Concílio de Trento os papas se conduziram com mais acerto do que os que governaram antes do Concílio.

OS JESUÍTAS
De grande influência na Contra-Reforma foi a Ordem dos Jesuítas, fundada em 1534 pelo espanhol Inácio de Loyola. Era uma ordem monástica caracterizada pala combinação da mais severa disciplina, intensa lealdade à Igreja e a Ordem, profunda devoção religiosa, e um marcado esforço para arrebanhar prosélitos. Seu principal objetivo era combater o movimento protestante, tanto com métodos conhecidos como com formas secretas. A Ordem tornou-se tão poderosa, que teve contra ela oposição severa até em países católicos. Foi suprimida em quase todos os países da Europa, e por decreto do papa Clemente XIV, no ano de 1773, a Ordem dos Jesuítas foi proibida de funcionar dentro da Igreja. Apesar dessa proibição papal, ela continuou a funcionar secretamente durante algum tempo, mais tarde abertamente, e foi reconhecida pelo papa em 1814. Hoje é uma das forças mais ativas para divulgar e fortalecer a igreja romana em todo o mundo.

PERSEGUIÇÃO ATIVA
A perseguição ativa foi uma arma poderosa usada para impedir o crescente espírito da Reforma. No continente europeu todos os governantes católicos preocupavam-se em extirpar a fé protestante, usando para isso a força da espada. Na Espanha estabeleceu-se a Inquisição, por meio da qual inumerável multidão sofreu torturas e muitas pessoas foram queimadas vivas. Nos Países Baixos o governo espanhol determinou matar todos aqueles que fossem suspeitos de heresias, isto é, que não fossem católicos romanos. Na França o espírito de perseguição alcançou o ponto alto, na matança da noite de São Bartolomeu, 24 de agosto de 1572, e que se prolongou por várias semanas. Segundo calculo de historiadores, morreram de vinte a setenta mil pessoas. Essas perseguições nos países em que o governo não era protestante não só retardaram a marcha da Reforma, mas em alguns países, principalmente na Boêmia e na Espanha a extinguiram.

OS MISSIONÁRIOS CATÓLICOS
Os esforços missionários da igreja de Roma devem ser reconhecidos também como uma força na luta da Contra-Reforma. Esses esforços eram dirigidos em sua maioria pelos Jesuítas, e tiveram como resultado a conversão de raças nativas da América do Sul, do México e de grande parte do Canadá. Na índia e países vizinhos estabeleceram-se missões por intermédio de Francisco Xavier, um dos fundadores da Sociedade dos Jesuítas. As missões da igreja romana nos países pagãos iniciaram-se séculos antes das missões protestantes e conquistaram grande número de membros e poder entre os governantes para impedir o avanço da Reforma Protestante.

Apesar de toda luta da Igreja Católica Apostólica Romana, a Reforma continuou. Composta por homens de coragem e zelo pela Palavra de Deus, que não desistiram mesmo quando a própria vida estava em perigo.
 


Em uma época tão importante da história do cristianismo, envolvendo tantos países e repleta de tão vastos resultados, houve sem dúvida muitos dirigentes, tanto da parte católica como do lado protestante, que mereceram destaque. Neste estudo citaremos alguns, apenas os que mais se destacaram.

DO LADO DA IGREJA CATÓLICA ROMANA:


Inácio de Loyola, espanhol nasceu em 1491. No ano de 1534 fundou a Sociedade de Jesus, conhecida como Jesuítas. Inácio de Loyola deve ser reconhecido como uma das personalidades mais notáveis e influentes do século XVI. Morreu em Roma , no dia 31 de julho de 1556, e foi canonizado pela igreja romana em 1622.






Francisco Xavier, nasceu em 1506, na seção espanhola de Navarra, que nesta época era um reino independente em ambos os lados dos Pirineus. Foi um dos primeiros membros da Sociedade de Jesus. Durante toda a sua existência, Xavier demonstrou espírito manso, tolerante e generoso, e isso contribuiu para que sua memória seja estimada, tanto por católicos como também por protestantes. Morreu repentinamente de febre em 1552, na China onde se encontrava como missionário da igreja de Roma, trabalhando contra o avanço da Reforma. Foi canonizado pela Igreja Católica.
  



DO LADO PROTESTANTE:

Desidério Erasmo, nasceu em Roterdã, Holanda em 1466 e foi ordenado monge em 1492. Foi um dos maiores eruditos da Renascença e da Reforma. Apesar de ter feito muito pela preparação da Reforma, jamais se uniu ao movimento. Continuou católico, criticando tanto a igreja romana como os reformadores. Morreu em 1536.




Martinho Lutero, nasceu em Eisleben, em 1483. Foi ordenado monge e entrou para o mosteiro dos agostinianos. Em 1511 iniciou sua campanha de reformador, condenando a venda de “indulgências”. Afixou as famosas teses na porta da igreja de Wittenberg. Entre os muitos escritos de Lutero que circularam pela Alemanha o de maior influência foi sem dúvida sua incomparável tradução da Bíblia para a língua alemã. Lutero morreu quando visitava o local em que nasceu, em Eisleben a 18 de fevereiro de 1546, aos 63 anos de vida.



João Calvino nasceu em Noyo, França em 10 de junho de 1509 e morreu em Genebra, Suíça em 27 de maio de 1564. Fundador da Academia Protestante, juntamente com Teodoro Beza e outros reformadores. A Academia transformou-se no principal centro do protestantismo na Europa. Calvino foi considerado um dos maiores teólogos do seu tempo.




Tomás Cranmer pode ser considerado o dirigente da Reforma inglesa, por sua condição de primeiro protestante na igreja inglesa. Sob o peso da tortura retratou-se de suas opiniões protestantes na esperança de salvar a vida, contudo, foi condenado a fogueira. Antes de seu martírio em 1556, renunciou a retratação, e morreu corajosamente, colocando no fogo a sua mão direita, a que havia assinado a retratação, para que fosse a primeira a ser queimada.




João Knox foi o fundador da igreja escocesa. Nasceu no ano de 1505. Somente no ano de 1547 abraçou a causa da Reforma. Foi preso pelos franceses aliados da rainha regente e enviado a França onde serviu nas galés. Mais tarde foi libertado e voltou à Inglaterra. Em Genebra, Knox conheceu João Calvino e adotou suas idéias, tanto no que se refere à doutrina como também ao governo da igreja. Em 1559 Knox voltou à Escócia e logo a seguir tornou-se dirigente da Reforma em seu país. Morreu no ano de 1572. Quando seu corpo baixava à sepultura, Morton, o regente da Escócia, apontou para a cova e disse: “Aqui jaz um homem que jamais conheceu o medo.”
 




FONTE:
História da Igreja Cristã, Jesse Lyman Hurlbut – Editora Vida

ARQUEOLOGIA DO MONTE CALVÁRIO

MONTE CALVÁRIO

Calvário ou Gólgota. Ambas as palavras, a primeira derivada do latim e a segunda do aramaico, significam “caveira” ou “lugar da caveira” e fazem referência ao lugar onde Cristo foi crucificado (Mt 27.33; Lc 23.33).

A localização exata do Calvário é atualmente desconhecida devido ao fato de Tito ter destruído Jerusalém no ano 70 d.C. Durante uns 60 anos, a cidade permaneceu em total ruína. Poucos cristãos regressaram para viver ali, e os que o fizeram certamente eram meninos quando fugiram da cidade, e ao regressaram não tiveram condições de reconhecer nenhum lugar em meio à devastação total ocorrida 60 anos antes. As Escrituras somente indicam que a horrenda tragédia aconteceu na parte de fora dos muros, em lugar proeminente, que podia ser visto de longe. O Calvário encontrava-se mais ou menos próximo de uma porta cidade, perto de uma rua que evidentemente passava através da porta e diante do lugar de execução (Jo 19.20). João declara que o túmulo encontrava-se em um horto nas proximidades do lugar da crucificação (Jo 19.41).

Têm sido sugerido vários lugares como provável localização da sepultura de Jesus, mas só dois deles é considerado com seriedade. Um é o interior da Igreja do Santo Sepulcro e o outro é o Calvário de Gordon, com sua Tumba do Jardim.

A IGREJA DO SANTO SEPULCRO

Foi construída da seguinte maneira: no ano de 312 d.C., Constantino conta que teve a visão de uma cruz no chão, e as palavras: “Conquista por esta”. Ele fez da cruz o estandarte do seu exército, e depois dessa resolução alcançou um êxito tão fenomenal nos seus empreendimentos que, após certo tempo, tornou-se o senhor e o monarca da Europa e da Ásia ocidental. Desejando pagar essa dívida a Cristo e ao cristianismo, enviou sua mãe Helena à Terra Santa com a missão de localizar o túmulo onde Jesus havia sido sepultado. Com a ajuda de Eusébio, bispo de Cesaréia, e de Macário, bispo de Jerusalém, foram removidos os escombros de um pequeno monte e desenterrado um túmulo existente ali. Nas proximidades foram encontradas três cruzes, outra evidência que os levou a assinalar esse lugar como o Calvário, e o túmulo como o que havia servido de sepultura a Jesus.

Helena divulgou a notícia, o mundo cristão se regozijou, e o imperador Constantino ergueu um magnífico complexo de edificações sobre o lugar. Essas edificações foram concluídas no ano 335 d.C, e passaram a ser conhecidas como igreja do Santo Sepulcro.

Esse edifício permaneceu em pé até o ano 614 d.C, quando Chosroes II o demoliu e o queimou. Foi reconstruído com doações do povo, e permaneceu em pé até que o chamado “furioso califa Hakem” o destruiu outra vez, no ano 1010. Em um lapso de 38 anos foi novamente reconstruído, e mais tarde tomado pelos cruzados, quando estes entraram em Jerusalém no ano de 1099. Imediatamente resolveram ampliar e embelezar a estrutura. Esse edifício permaneceu em pé até que foi destruído em setembro de 1808 por um grande incêndio. Três milhões de dólares foram doados para a sua restauração, e em dois anos ergueram outra igreja no lugar. Essa não era tão bela e sólida como as anteriores, todavia, atualmente se encontra em pé, tendo-se constituído em motivo de orgulho e glória para os cristãos do Oriente. É uma estrutura de dois andares, que cobre tanto o lugar da crucificação como a suposta tumba onde Cristo foi sepultado.

O Santo Sepulcro está localizado em um compartimento de grande tamanho no extremo ocidental da nave, onde cada um dos grupos cristãos ocupa um determinado turno para realizar serviços religiosos em ocasiões especiais. Distante poucos metros dali, em uma elevação de 4,6 metros acima do nível da tumba, encontra-se a chamada “cruz verdadeira”, adornada de pedras e jóias preciosas avaliadas em milhões de dólares.

Nenhum outro lugar cristão tem sido contemplado com tanta admiração nem tratado com tanta reverência como esse que está ocupado pelo edifício conhecido como “a Igreja do Santo Sepulcro”. Por nenhum outro lugar se tem lutado tanto, e nenhum outro local tem sido alvo de anelos tão profundos como esse. A razão é porque se acredita que essa colina seja o Gólgota, e que esse sepulcro tenha sido o local onde o Senhor foi sepultado. Todavia, o lugar se acha no interior dos muros da Jerusalém atual, e muitos se perguntam se não poderia estar também no interior dos muros da cidade no tempo de Herodes.

O CALVÁRIO DE GORDON E A TUMBA DO JARDIM

Estão situados em uma solitária colina cinzenta ao norte de Jerusalém, a um “tiro de pedra” do muro antigo, e a 213 metros por fora da porta de Damasco. Este é um lugar proeminente, que cobre 1,2 hectares e pode ser visto claramente de todas as direções. Na condição de colina, ergue-se de 12 a 15 metros acima do campo circundante. O lado da colina que está em frente da cidade é arredondado na parte superior, e tem certa aparência de uma caveira humana. Ali existem cavernas para os olhos, uma rocha saliente para o nariz, uma fenda larga para a boca e uma protuberância mais abaixo para o queixo. Isto se constitui em uma semelhança tão grande da natureza, como nenhuma das que comumente se observam em diferentes partes do mundo.

Em 1842, Otto Theniu, de Dresden, estudou essa colina mui cuidadosamente, e afirmou que era o Gólgota. Disse que tradicionalmente esse era o lugar judaico dos apedrejamentos. Estava localizado fora da cidade e tinha a forma de uma caveira. Ao regressar ao seu hotel, comentou: “Hoje encontrei o lugar exato do Calvário.” O general Gordon escreveu à sua irmã e a outras pessoas acerca dessa possibilidade. Em seguida continuou a sua viagem e foi morto três anos mais tarde em Kartum, África. Lew Wallace, o capitão Conder e outros, pareciam estar de acordo com o ponto de vista de Gordon. Portanto, passado certo tempo, foi adquirida uma porção de terra a oeste da colina da caveira. Durante as escavações, encontrou-se um Jardim antigo, no qual havia uma tumba que tinha sido selada em outra oportunidade por uma pedra rolante. Algumas escavações nas proximidades descobriram outras tumbas cristãs da antiguidade.

Um grupo de protestantes ingleses adquiriu o lugar, cercou a região e colocou um guarda na tumba. Atualmente, o local é conhecido como o Calvário e a Tumba do Jardim de Gordon. A tumba é totalmente destituída de decoração ou ostentação, e isso tem impressionado as pessoas que visitam o local. Nesse local têm sido realizadas muitas memoráveis celebrações de Páscoa. Moody e Talmage pregaram ali, e centenas de milhares de pessoas têm-se reunido respeitosamente nesse lugar, provenientes de todas as regiões da terra.

Numerosas escavações tem sido realizadas ali, além de esforços para seguir o curso que pode haver tomado o muro do norte, durante a época de Cristo. Os trabalhos de alvenaria herodiana que estão sob a porta de Damasco indicam a presença do muro nessa região durante os dias do Senhor aqui na terra, mas o curso exato do muro desde a porta de Jafa até a porta de Damasco necessita ser determinado. Só depois disso é que se poderá decidir se o lugar que a Igreja do Santo Sepulcro ocupa atualmente estava localizado dentro ou fora do muro da cidade. Enquanto isto não for determinado, não será possível dar a última palavra sobre a localização exata do calvário.


                      Igreja do Santo Sepulcro



  FONTE:
 Bíblia Thompson - Suplemento de Arqueologia











ARQUEOLOGIA DE CORINTO, UMA CIDADE RELIGIOSA

Corinto foi uma das cidades mais orgulhosas, ricas e perversas do mundo antigo. Estava localizada na faixa de terra de seis quilômetros de largura que unia a parte sul do Peloponeso com a parte continental da Grécia. Converteu-se facilmente no maior centro comercial da Grécia por estar situada sobre a estrada norte-sul, e por ser os dois portos marítimos florescentes de Cencréia, no leste, e de Lechaeum, no oeste. Estava, portanto, literalmente “na encruzilhada dos caminhos”. Em seus arredores havia terras férteis onde cresciam oliveiras, parreiras, tamareiras e outras árvores frutíferas.

Como cabeça da liga da Acaia, foi destruída em 146 a.C. por Mummius, o cruel líder romano, que enviou carregamentos de esculturas, quadros e outros tesouros artísticos de Corinto para Roma.

No ano de 46 a.C. Júlio César reconstruiu a cidade, dotando-a de ruas amplas, praças de mercado, templos, teatros estátuas, fontes e o santuário de mármore branco e azul, o rostra, onde eram pronunciados discursos e sentenças. Ao sul estava a Acrocorinto, uma colina que se levantava 152 metros acima da cidade. No seu ápice erguiam-se o templo e a estátua de Afrodite (Astarté), a deusa da fertilidade e do amor que dominava grande parte da vida social e religiosa do povo.

Paulo chegou a Corinto em torno de 52 d.C., e permaneceu ali durante um ano e meio, ganhando a vida através da fabricação de tendas. Durante esse tempo, ele converteu com sua pregação tanto a judeus como a gregos, e fundou a igreja, a qual depois escreveu duas cartas imortais. Estima-se que no tempo em que Paulo esteve em Corinto a cidade teria uma população de uns 250 mil cidadãos livres e não mais de uns 400 mil escravos.

Embora Corinto não fosse uma cidade universitária como Atenas, não deixava de ser caracterizada pela cultura grega. Seus habitantes interessavam-se pela filosofia grega e tinham a sabedoria na mais alta estima.

Em Corinto havia pelo menos 12 templos. Não há certeza se todos estavam em funcionamento nos dias do apóstolo Paulo. Um dos mais infames era dedicado a Afrodite, cujos adoradores praticavam a prostituição religiosa. Uns 400 metros ao norte do teatro ficava o templo de Asclépio, o deus da cura, e no meio da cidade estava localizado o templo de Apolo. Além da sinagoga dos judeus.

Assim com qualquer cidade comercial, Corinto era centro de imoralidade pública e irrefreada. A adoração a Afrodite promovia a prostituição em nome da religião. Em certo período, mil prostitutas sagradas serviam no seu templo. A imoralidade de Corinto tornou-se tão amplamente divulgada que o verbo grego “corintianizar” veio a significar “praticar imoralidade sexual”. Num ambiente como esse, não é de admirar que a igreja de Corinto estivesse atormentada por diversos problemas.

A cidade esteve quase continuamente habitada até 1858, quando foi destruída por um grande terremoto. Os habitantes que sobreviveram edificaram a nova Corinto a seis quilômetros da anterior. A cidade antiga encontrava-se em ruínas e estava sendo gradualmente enterrada por muitos metros de areia, quando em 1856 a Escola Americana de Estudos Clássicos de Atenas tomou posse do local e cavou vinte fossos experimentais em vários lugares. No fosso número três desenterraram uma rua pavimentada de mais de 14 metros de largura, com calçadas e canais, mas sem rastros de rodas, o que indicava que era usada só por pedestres. A rua estava orientada no sentido norte-sul, o que levou os escavadores a segui-la esperando encontrar a Ágora (praça do mercado).

Nas explosões sucessivas, os escavadores realizaram muitos achados pequenos, tais como pedaços de esculturas, vários fragmentos de jarros, relevos, objetos de barro cozido, um anjo, um umbral de mármore de uma porta que tinha uma inscrição que dizia: “Sinagoga dos Hebreus”, e um bloco de pedra calcária onde havia uma inscrição do primeiro século que dizia que Erasto, o comissário e administrador da cidade, havia pavimentado essa praça com seu próprio dinheiro. Paulo escreve acerca de um Erasto que era diretor de obras públicas, ou tesoureiro da cidade (Rm 16.23). É possível que a inscrição fale do mesmo homem, que mais tarde se converteu ao cristianismo, e chegou a ser um colaborador valioso de Paulo.

As maiores descobertas constavam de um teatro grego, o templo de Apolo, a antiga corte e fonte de Peirene, o Ágora e a plataforma de julgamento, onde provavelmente Paulo foi trazido a presença de Gálio, sendo em seguida absolvido. Eles também encontraram o piso onde os gregos “agarraram a Sóstenes, chefe da Sinagoga, e o espancaram diante do tribunal” (Atos 18.17).


                        Ruínas de Corinto

 
  FONTES:
  Bíblia Thompson, Suplemento de Arqueologia – Editora Vida
  Bíblia NVI de Estudos – Editora Vida

MARTIN LUTHER KING JR

 “Finalmente, livre, obrigado, Deus todo-poderoso. Finalmente sou livre”. Estas palavras de uma antiga canção de escravos estão gravadas na lápide de mármore que ornamenta o túmulo do pastor e ativista negro Martin Luther King Jr. Talvez nenhuma outra expressão resuma melhor o sentimento que norteou sua vida: a busca pela liberdade. Paladino da luta contra a violência racial, King dedicou a maior parte de sua curta vida – ele foi assassinado aos 39 anos de idade, com um tiro no pescoço, na sacada de um hotel em Memphis, nos Estados Unidos – à defesa dos direitos da comunidade negra, da qual orgulhosamente fazia parte.

Como convém aos mártires, sua morte não foi em vão. Quem vive nos Estados Unidos hoje, sabe que a democracia racial, embora vez por outra transgredida por algum imbecil, esta consolidada. Mas não era assim no passado. A sociedade americana de então estava acostumada e conformada com uma série de discriminações contra as minorias – particularmente com os afro descendentes.  Ser americano e negro, naquele tempo, significava a negação forçada a uma série de direitos básicos, como o de escolher livremente escola para os filhos, votar, utilizar transportes coletivos, assumir cargos públicos, ter acesso a crédito, sentar-se num restaurante ou mesmo ir e vir por todos os lugares. Muitos estabelecimentos comerciais, repartições e até mesmo igrejas eram vedados aos “de cor”, eufemismo pejorativo largamente utilizado na época. Grupos extremistas criminosos como a Ku-Klux-Klan, também faziam das suas, queimando negros. E os crimes ficavam impunes. Eram comuns os atos de vandalismo – como a depredação de propriedades e casas de negros – e até mesmo massacre de famílias inteiras só por serem negras.

Foi neste ambiente de intolerância que nasceu o menino Martin, ele veio ao mundo em 15 de janeiro de 1929, mesmo ano da grande “quebra” da Bolsa de Nova Iorque, episódio que lançou o país na maior recessão de sua história. A família radicada em Atlanta no Estado da Geórgia – um dos bolsões de preconceito do Sul dos EUA – tinha tradição evangélica. Tanto o pai como o avô do garoto eram pastores batistas. Martin passou a infância entre as brincadeiras de criança e os cultos. Apesar das posses modestas dos King, o menino teve acesso à boa educação. Aos cinco anos foi matriculado pelos pais num ótimo colégio. Só que a idade mínima obrigatória era de seis anos, e Martin teve de esperar mais um ano para começar. Devido a seu excelente desempenho intelectual, foi admitido com apenas 15 anos, para o curso de sociologia em uma das melhores faculdades aberta do país, onde se incentivava, sobretudo, a discussão sobre a questão racial.

Aos 19 anos, Martin Luther King Jr, bacharelou-se sociólogo, mas aquela altura a vocação pastoral falava mais alto. Optou então por seguir os passos do pai e do avô, ambos ministros da Igreja Batista Ebenézer. Matriculou-se num seminário de teologia, na Pensilvânia. Durante seu período na escola, foi eleito presidente do Diretório Acadêmico, sua primeira experiência à frente de atividades políticas. Laureado como o melhor aluno da classe, graduou-se em teologia em 1951 e logo partiu para o doutorado, na prestigiada Universidade de Boston. Após obter o PhD em teologia, o agora “reverendo King” aceitou o convite para pastorear a Igreja Batista, da Avenida Dexter, em Montgomery, no Alabama, já na companhia da mulher, Coretta, com quem casara-se em junho de 1953.

Ali ingressou de cabeça na militância, a qual, diga-se de passagem, jamais chocou-se com seu ministério espiritual. Indignado com a discriminação contra a comunidade negra, e ao mesmo tempo inconformado com sua resignação, King começou a adotar em seus sermões tom mais agressivo contra as injustiças de que sua gente era vitima. Montgomery era foco das tensões, onde negros só podiam viajar nos últimos assentos dos ônibus, cujos motoristas eram todos brancos. Um episódio ocorrido na localidade foi o estopim da crise. No dia 1º de dezembro de 1955, uma garota negra, chamada Rosa Parks, recusou-se a levantar e ceder seu lugar para um passageiro branco. A prisão da jovem levou o pastor, com um grupo de seguidores, a iniciar o celebre boicote contra os serviços rodoviários de Montgomery. Sufocado à força depois de 381 dias, o levante terminou com a prisão dos manifestantes, inclusive King. Durante os distúrbios sua casa foi atacada por bombas lançadas pelos defensores da chamada “supremacia branca”.

Agora era tarde demais para voltar atrás na luta. Começaram a pipocar iniciativas de protesto semelhantes em todo Sul dos EUA. King viu-se guindado a condição de líder popular. Com o sucesso do movimentos, ele e mais outros pastores fundaram em 1957 a Conferencia da Liderança cristã do Sul, a SCLC, uma instituição que lutava pacificamente pelos direitos dos negros, principalmente o de votar. Eleito presidente, Martin permaneceu no cargo até sua morte.

A luta de Martin Luther King contra a opressão ganhou destaque nacional em 1958, com a publicação de seu primeiro livro, “A caminho da liberdade – A historia de Montgomery, onde o líder narrava o boicote aos ônibus. No lançamento da obra o pastor sofreu um atentado, curiosamente promovido por quem menos se podia esperar – uma mulher negra. Durante uma sessão de autógrafos, ela aproximou-se e cravou-lhe uma espátula no peito. Socorrido rapidamente, sobreviveu, apesar da gravidade do ferimento. Mais tarde soube-se que a mulher não estava ligada a nenhum grupo político. Apenas sofria perturbações mentais.

De volta a Atlanta, onde assumiu o co-pastorado na Igreja Ebenézer, liderado pelo reverendo Martin Luther King, seu pai. King começou a arquitetar ações mais ousadas, inspirado pela luta do pacifista indiano Mahatma Ghandi, contra o imperialismo britânico, King exortava seus seguidores a jamais apelarem para a violência na defesa de seus direitos. Em 1963 organizou passeatas em Birmingham, no Alabama, reivindicando o fim da segregação racial existente em estabelecimentos públicos daquela cidade. Num dos atos, policiais usaram cães e bombas de gás contra os manifestantes. King foi preso novamente. Contudo a ação repressora teve efeito contrario. O então presidente americano John Kennedy, reagiu aos acontecimentos e enviou ao congresso uma legislação de direitos civis, que seria aprovada no ano seguinte.

Os atentados contra negros e a violência racial continuaram eclodindo país afora, mas definitivamente, os Estados Unidos já não era o mesmo naquele período conturbado de sua historia. Segmentos cada vez maiores da sociedade abraçavam a causa da negritude. Em atos públicos, concertos de Rock e nas universidades, era comum ver-se rapazes e moças brancos abraçados a jovens negros.

O dia 28 de agosto de 1963 estava destinado a marcar uma época. Naquela data, Martin reuniu 250 mil pessoas na celebre Marcha sobre Washington. A manifestação defendia a aprovação da lei dos direitos civis, então em tramitação no congresso que abriria definitivamente as portas da cidadania para todos os negros nascidos nos EUA. O pastor preparou palavras para a ocasião; tomado pela emoção, contudo deixou a papelada de lado e falou de improviso. Seu discurso levou a multidão ao delírio cívico. “Os negros americanos vivem numa ilha solitária de pobreza no meio de um vasto de prosperidade”, proclamou: “A América tem dado a seu povo negro um cheque recusado por falta de fundos.”

Com sua oratória privilegiada, treinada anos a fio nos púlpitos das igrejas que pastoreou, King erguia-se a vista de todos no Memorial a Lincoln. O país inteiro ouviu quando proclamou: “Eu tenho um sonho de que um dia esta nação se erguerá e viverá o verdadeiro significado dos seus princípios, verdades evidentes como a de que todos os homens são criados iguais.”

Depois do ato, King estava consagrado como personalidade mundial. O reconhecimento veio quando conquistou o Prêmio Nobel da Paz por sua atuação em favor da liberdade e dos direito humanos. Aos 35 anos foi o mais jovem ganhador da comenda. Também considerado o “Homem do Ano” pela revista Times, tornando-se primeiro negro a receber tal honraria. Todavia para ele o maior premio foi selado em 1964, com a assinatura do presidente Lyndon Johnson, promulgando o Ato dos Direitos Civis.

Discursando na televisão, o presidente Johnson encerrou com estas palavras: “Aqueles que antes eram iguais perante Deus serão agora iguais nas seções eleitorais, nas salas de aula, nas fabricas e nos hotéis, nos restaurantes, cinemas e outros lugares que prestem serviços públicos.

No dia 3 de abril de 1968, King proferiu seu ultimo e antológico sermão, “Eu vejo a terra prometida”, na sede da Igreja de Deus em Cristo, a maior denominação pentecostal de matriz africana nos Estados Unidos. Até hoje as palavras do pastor ativista servem de estimulo e conforto. Naquela noite King exortou o povo a lutar e enfrentar suas dificuldades sem esquecer que um dia teria um encontro com Deus no céu – a terra prometida, segundo a ilustração que utilizou: “Eu olhei de cima e vi a terra prometida. Talvez eu não chegue lá, mas quero que saibam hoje que nós, como povo, teremos uma terra prometida. Por isso estou feliz esta noite. Nada me preocupa não temo ninguém. Vi com meus olhos a gloria da chegada do Senhor”, exultava. A pregação parecia antecipar, tragicamente, o que estava para acontecer. Martin Luther King Jr chegou a sua terra prometida antes do que pensava. No dia seguinte, 4 de abril, o pastor observava o movimento da sacada do hotel quando ouviu-se um estampido. King chegou a ser conduzido às pressas para um hospital, uma tolha branca encharcada de sangue cobria seu rosto, denunciando a gravidade de seu estado. Enquanto a policia cercava o quarteirão em busca do atirador, King agonizava. Uma hora depois estava morto. O assassino, James Earl Ray, foi preso quatro dias depois, em Londres na Inglaterra.

A morte do líder negro soube-se mais tarde foi resultado de uma grande conspiração que envolveu até setores do governo americano. O pastor batista que mudou a trajetória da sociedade mais desenvolvida do mundo foi sepultado diante da viúva, Coretta, e dos quatro filhos (Yolanda, Martin Luther III, Dexter e Berenice), e milhares de pessoas no cemitério e por quase 120 milhões de admiradores em todo mundo, que assistiram o funeral pela televisão. A comoção mundial foi expressa por inúmeros atos de protesto contra sua morte. Herói da humanidade, Martin Luther King Jr deixou um legado de tolerância, respeito pelas diferenças e, sobretudo, amor cristão.

Como última homenagem o Congresso americano estabeleceu, em 1986, um feriado nacional em sua homenagem -20 de janeiro -, ao pastor que fez da igualdade entre os homens sua bandeira, lutando até o fim de sua vida.

    Luther King


  


  FONTE: REVISTA ECLÉSIA
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A IGREJA EVANGÉLICA E A DITADURA MILITAR DE 1964

O GOLPE MILITAR

Em 1964, os militares deram um golpe de estado depondo o então presidente João Goulart. Este golpe aconteceu no dia 31 de março de 1964.
De 1964 a 1985, o Brasil viveu um dos períodos mais negros de sua historia. A democracia foi abolida o estado de direito deixou de existir. Qualquer cidadão podia ter seu lar invadido pelas tropas do exército, para isto bastava uma denuncia sem qualquer tipo de comprovação.
O assassinato de pessoas por órgãos militares virou rotina, a tortura aos presos passou a ser algo normal. O total de desaparecidos durante os anos de ditadura, até hoje não foi revelado, o certo é que muitas famílias viram seus entes queridos serem presos por motivos fúteis e nunca mais voltarem para casa. Muitas jovens mulheres foram violentadas nos porões da repressão militar só por serem filhas de acusados de traidores do regime. Muitos pais confessaram crimes jamais cometidos apenas para não verem seus filhos serem torturados.
É triste ouvir pessoas dizendo: “tempos bons eram os tempos da ditadura”. São pessoas totalmente desinformadas, que só sabiam o que o governo permitia que fosse divulgado. A imprensa em geral viva amordaçada, sem poder publicar noticias que divulgassem a maldade e os atos criminosos dos militares.
A IGREJA EVANGÉLICA DURANTE A DITADURA
O 31 de março de 1964 marcou mais do que uma reviravolta nos rumos do país. Foi também um momento crucial para a Igreja Evangélica no Brasil. O mesmo golpe que tirou do poder o presidente João Goulart, afetou também os púlpitos. Sobretudo aqueles onde o pregador tinha coragem de defender a cidadania e a liberdade de expressão. Muitos pastores foram presos, crentes torturados e até desaparecidos nos porões da ditadura. Quem era evangélico e tinha atuação política ou comunitária nos anos pós-64 tem lembranças amargas.
O Departamento de Mocidade da Confederação Evangélica do Brasil (CEB) foi à primeira entidade de orientação evangélica a sofrer a perseguição do regime. Foi fechada sem direito de defesa. As igrejas Presbiteriana, Luterana, Metodista, Assembléia de Deus e Congregacional, promoveram eventos que ficaram célebres como a Conferência do Nordeste, em Recife - Pe, com o tema “Cristo e o processo revolucionário”. Foi a primeira vez que os cristãos e os marxistas se encontraram para discutir a relação da igreja com a realidade social e cultura brasileira. Um dos preletores foi o sociólogo Gilberto Freyre. A conferência do Recife reuniu 160 delegados de 16 denominações evangélicas. Houve uma grande repercussão em todo Brasil. A Igreja estava em busca de uma identidade nacional, foi um período rico na busca de um caminho, a igreja brasileira refletia os mesmos movimentos da sociedade.
Quando o golpe se intensificou e as perseguições começaram a apertar o cerco sobre as igrejas, o movimento da Conferencia do Recife se desfez. Para os militares os inimigos estavam em todos os lugares, inclusive nas igrejas. A Faculdade Metodista Rudge Ramos em São Paulo foi fechada por ordem do governo militar em 1967, depois que os formandos escolheram D. Helder Câmara, bispo de Olinda e Recife e inimigo declarado dos “fardados”, como paraninfo da turma.
Naquela época os jovens evangélicos eram politizados, preocupados com o país. A ideologia era ensinada também na escola Dominical de algumas igrejas. O templo da Igreja Metodista Central de São Paulo foi cercado pela policia e muitos jovens saíram presos. O pastor da Igreja Batista em Volta Redonda no Rio de Janeiro, Geraldo Marcelo, foi preso três vezes como agente da subversão, chegando a ficar 43 dias em poder dos militares. Hoje ele conta que superou os traumas e relembra os cultos que realizava na cadeia: “cinco companheiros se converteram e um deles hoje é pastor”. O pastor Geraldo conta que sofria torturas diárias, pensou em suicídio para não entregar os irmãos na fé. “Eu pensava em me matar. A pressão era muito grande. Só que eu era forte, precisava de cinco ou seis agentes para me torturar”, conta ainda comovido com as lembranças. “Foi pela ação de Deus que eu não morri, eu me sentia como Jesus, querendo passar de mim aquele cálice”.
Neste tempo o número de evangélicos no pais era na ordem de 4,5% da população. Então porque uma comunidade tão pequena incomodava tanto o regime? As ações da repressão militar mostram que o pequeno grupo causava incômodo. A explicação é simples: num pais que tinha 39% de analfabetos, os evangélicos eram uma elite pensante, exercia influencia política e era percebido socialmente. Nem todos os crentes no entanto faziam parte deste grupo, a igreja em geral se comportou muito mal, o medo das mudanças reforçou o conservadorismo, e muitas igrejas cediam seus púlpitos para propaganda a favor do regime militar.
CONCLUSÃO
Hoje, depois de poucos anos passados, a maioria do povo não sabe o que realmente acontecia com os considerados inimigos dos militares, não sabem que muitos pastores foram presos e torturados. Por isso se ouve alguns irmãos elogiando os tempos da ditadura.
Durante os vinte e um anos em que durou a ditadura, nosso país sofreu um atraso em muitas áreas, principalmente a de informática e tecnologia. Muitos cientistas foram “convidados” a deixarem o Brasil, isto nos causou prejuízos até hoje não recuperado. Por isso ainda somos dependentes externos em varias áreas da informática e tecnologia.
Então procure se informar mais sobre a historia recente de seu país, só assim você saberá que muitos dos que elogiam os militares não sabem do que estão falando.


 * Editor do Site
 FONTE: Revista Eclésia


JESUS, O VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE NÓS

O Novo Testamento conduz-nos ao clímax da obra redentora de Deus, porque nos apresenta o Messias, Jesus Cristo, e nos fala  do começo da sua igreja. Os escritos de Mateus, Marcos, Lucas e João, falam-nos do ministério de Jesus. Esses escritores foram testemunhas oculares da vida do Mestre, ou registraram o que testemunhas oculares lhes contaram, todavia não escreveram dele uma biografia completa. Tudo quanto registraram, realmente aconteceu, porém concentraram-se no ministério de Jesus, e deixaram aqui e acolá algumas lacunas na história da vida do Divino Mestre.
Os homens que escreveram os evangelhos queriam explicar a pessoa e a obra  de Jesus, registrando o  que ele fez e disse. E cada autor apresenta uma perspectiva ligeiramente diferente acerca de Jesus e de suas obras.
Os autores dos Evangelhos não tentaram relatar todos os eventos da meninice de Jesus, porque não era esse o motivo de escreverem. Não procuraram dar-nos, tampouco, registro da vida cotidiana. Eles se ativeram ao que é pertinente à salvação e ao discipulado.
O Novo Testamento é a única fonte de informação substancial do primeiro século que temos a respeito da vida de Jesus. A literatura judaica ou romana daquele tempo quase não o menciona. Flávio Josefo, historiador judeu do primeiro século, escreveu um livro sobre a história do judaísmo, procurando mostrar aos romanos e gregos que essa religião não se distanciava muito do estilo de vida deles.  Disse ele:  "Ora, havia por esse tempo Jesus, um homem sábio, se for legítimo chamá-lo de homem, pois ele era um operador de obras maravilhosas, um mestre de quem os homens recebem a verdade com prazer. Atraiu para si muitos dos judeus e muitos dos gentios, ele era [o] Cristo. E quando Pilatos, por sugestão dos principais homens entre nós, condenou-o à cruz, os que o amavam a princípio não o abandonaram; pois ele apareceu-lhes vivo de novo no terceiro dia; conforme haviam predito os profetas divinos essas e dez mil outras coisas maravilhosas concernentes a ele. E o grupo de cristão assim chamado em virtude de seu nome, não se extinguiu até hoje."  (Flavius Josephus, Antiquities of the Jews,  Livro XVIII, cap. iii, Sec 3.)

Os judeus dos dias de Jesus viviam na expectativa de grandes acontecimentos. Os romanos os oprimiam, mas eles estavam seguramente convictos de que o Messias viria em breve. Os variados grupos retratavam diferentemente o Messias, mas seria difícil, naquele tempo, encontrar um judeu que vivesse sem alguma forma de esperança. Alguns tinham a verdadeira fé e aguardavam ansiosos a vinda de um Messias que seria seu Salvador espiritual.
Por volta do ano 6 aC. o sacerdote Zacarias oficiava no templo em Jerusalém. Queimava incenso no altar durante a oração vespertina quando lhe apareceu um anjo anunciando para breve o nascimento do primeiro descendente do sacerdote, um menino. Esse filho prepararia o caminho para o Messias; o espírito e o poder de Elias repousariam sobre ele (Lc3.3-6). Seus pais deviam chamar-lhe João. Zacarias era um homem verdadeiramente piedoso, mas foi difícil crer no que ouvira; como conseqüência, ficou mudo até que Isabel (sua esposa) deu à luz. Nasceu o filho, foi circuncidado, e recebeu o nome segundo as instruções de Deus. Depois disso Zacarias readquiriu a voz e louvou ao Senhor.
Três meses antes do nascimento de João, o mesmo anjo (Gabriel) apareceu a Maria. Esta jovem era noiva de José, carpinteiro descendente de Davi (Is 11.1). O anjo disse a Maria que ela conceberia um filho por obra do Espírito Santo, e que ela daria ao menino o nome de Jesus (Lc 1.32-35; Mt 1.21). Ela aceitou a mensagem com grande mansidão, contente por estar vivendo na vontade de Deus (Lc 1.38).
Gabriel também lhe disse que sua prima Isabel estava grávida, e Maria apressou-se a partilhar o júbilo mútuo. Ao encontrarem-se, Isabel saudou a Maria como a mãe de seu Senhor (Lc 1.39-45). Maria irrompeu num cântico de louvor (Lc 1.46-56). Ela ficou três meses com Isabel.
José, o marido prometido a Maria, ficou totalmente chocado com o que parecia ser fruto de um terrível pecado (Mt 1.19) e resolveu abandoná-la secretamente. Então, em sonho, um anjo lhe explicou a situação, e instruiu-o a casar-se com Maria sua pretendida esposa, como planejado.

Herodes o Grande reinava na Judéia quando Jesus nasceu (Mt 2.1).  Em suas Antigüidades,  Josefo escreve que houve um eclipse da lua pouco antes da morte de Herodes (Livro XVII, cap xiii, Séc. 2). Esse eclipse poderia ser qualquer um dos três ocorridos nos anos de 5 e 4 aC. mas provável alternativa é 12 de março de 4 aC. Além do mais, o historiador judeu declara que o rei morreu pouco antes da Páscoa (Livro XVII, cap vi, Séc. 4) e a Páscoa ocorreu no dia 11 de abril do ano 4 aC. Assim, devemos concluir que Herodes morreu nos primeiros dias de Abril deste ano.
Os magos do Oriente vieram adorar o Messias de Deus, mas uma vez que voltaram sem dar informação alguma a Herodes, ele mandou que seus soldados matassem todos os meninos de Belém de dois anos para baixo (Mt 2.16).  Isto quer dizer que Jesus nasceu no ano 6 ou 5 aC. e foi levado para o Egito no ano 4 aC.
Não sabemos com exatidão em que mês e dia Jesus nasceu. A data 25 de dezembro é a menos provável. A igreja de Roma escolheu esse dia para celebrar o nascimento de Cristo, já no segundo ou terceiro século, a fim de obscurecer um dia santo de origem pagã, comemorado tradicionalmente neste dia. Anteriormente, a igreja Ortodoxa Oriental decidira honrar o nascimento de Cristo no dia 6 de janeiro, a epifania.
Conhecemos cinco eventos da infância de Jesus, são eles:
1) Circuncisão - De acordo com a lei judaica, ele foi circuncidado ao oitavo dia e recebeu o nome de Jesus (Lc 2.21).
2) Apresentado no templo - Ele foi apresentado no templo para selar a circuncisão e também foi "redimido" pelo pagamento dos cinco ciclos. Para efeito de sua purificação, Maria fez a oferta dos pobres (Lv 12.8; Lc 2.24).
3) Visita dos Magos - Um grupo de "sábios" apareceu em Jerusalém, inquirindo acerca do nascimento de um "rei dos judeus". (Mt 2.2).
4) Fuga para o Egito - Deus disse a José que fugisse para o Egito com toda a família. Após a morte de Herodes, José voltou, e fixou residência em Nazaré.
5) Visita ao Templo - Quando tinha aproximadamente 12 anos (Lc 2.41-52) foi com os pais ao templo em  Jerusalém. Enquanto estava ali, Jesus conversou com os dirigentes religiosos sobre a fé judaica. Ele revelou extraordinária compreensão do verdadeiro Deus, e suas respostas deixaram-nos admirados. Mais tarde, de volta para casa, os pais de Jesus notaram a sua ausência. O Encontraram no templo, ainda conversando com os especialistas judaicos.

A Bíblia cala-se até ao ponto em que nos apresenta os acontecimentos que deram início ao ministério de Jesus, tendo ele cerca de trinta anos.
Primeiro vemos João Batista deixando o deserto e pregando nas cidades ao longo do rio Jordão, instando com o povo a que se preparasse para receber o Messias (Lc 3.3-9). João nasceu no seio de uma família piedosa e cresceu para amar e servir fielmente a Deus. Deus falava por meio de João, e multidões acudiam para ouvi-lo pregar. Dizia-lhes que se voltassem para Deus e começassem a obedecer-lhe. Ao ver Jesus, ele anunciou que este homem era o "...Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (Jo 1.29). João batizou a Jesus; e ao sair Jesus das águas, Deus enviou o Espírito Santo em forma de pomba, que pousou sobre ele.
O Espírito Santo guiou Jesus ao deserto, e aí ele permaneceu sem alimentar-se durante quarenta dias. Enquanto ele se encontrava nessa situação de enfraquecimento, o diabo veio e procurou tentá-lo  de vários modos. Jesus recusou as propostas do diabo e ordenou que ele se retirasse. Então vieram anjos que o alimentaram e confortaram.
A princípio Jesus tinha a estima do povo. Na região do mar da Galiléia ele foi a uma festa de casamento e transformou água em vinho. Este foi o primeiro de seus milagres que a Bíblia menciona. Este milagre,  da mesma forma que os últimos demonstrou que ele era verdadeiramente Deus.
Da Galiléia ele foi para Jerusalém onde expulsou do templo um grupo de religiosos vendedores ambulantes. Pela primeira vez ele asseverou de público sua autoridade sobre a vida religiosa do povo, o que fez que muitos dirigentes religiosos se voltassem contra ele.
Um desses dirigentes, Nicodemos, viu que Jesus ensinava a verdade acerca de Deus. Certa noite foi ter com Jesus e lhe perguntou como poderia entrar no reino de Deus, que é o reino de redenção e salvação, e Jesus explicou-lhe como ele poderia garantir a salvação de sua alma. (Jo 3.3)
Jesus voltou para a Galiléia. Aí ele operou muitos milagres e grandes multidões o cercavam. Infelizmente, as multidões estavam mais interessadas nos seus milagres do que nos seus ensinos. Mesmo assim Jesus continuou ensinando. Ele entrava nos lares, participava das festas públicas, e adorava com os outros judeus em suas sinagogas.
Denunciou os dirigentes religiosos do seu tempo porque exibiam uma fé hipócrita. Ele não rejeitou a religião formal deles; pelo contrário, Jesus  respeitava o templo e a adoração que aí se prestava (Mt 5.17-18). Mas os fariseus e outros dirigentes não viram nele o Messias e não cuidaram de ser salvos do pecado. Além do mais, não satisfeitos com o que Deus lhes revelara no Antigo Testamento, continuaram fazendo-lhe acréscimos e revisando-o. Acreditavam que sua versão das Escrituras, examinada nos seus mínimos detalhes, dava-lhes a única religião verdadeira. Jesus chamou-os de volta às primitivas palavras de Deus. Ele era cuidadoso na sua forma de citar as Escrituras, e incitava seus seguidores a entendê-las melhor. Ensinava que o conhecimento básico das Escrituras mostraria que a vontade de Deus era que as pessoas fossem salvas mediante a fé Nele.
Jesus começou a concentrar seus esforços em preparar os Doze para substituí-lo após sua partida. Cada vez mais ensinava-lhes acerca de sua futura morte e ressurreição, explicando-lhes que eles também sofreriam a morte se continuassem a segui-lo.
Judas Iscariotes, um dos doze, traiu-o, entregando-o aos líderes de Jerusalém, que lhe eram hostis, e eles pregaram Jesus numa cruz de madeira entre criminosos comuns. Mas ele ressuscitou e apareceu a muitos de seus seguidores, exatamente como havia prometido, e deu instruções finais aos seus discípulos mais íntimos. Enquanto o observavam subir ao céu, apareceu um anjo e disse que eles os veriam voltar do mesmo modo. Em outras palavras, ele voltará de modo visível e em seu corpo físico.


Fonte: O Mundo do Novo Testamento - Editora Vida
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